Saúde

Ovário Policístico não elimina chance de gravidez

Com a síndrome, a mulher tende a ovular menos, por isso, essa condição reduz as chances de uma gestação, mas não a impede totalmente

Foto: Pixabay
Tratamentos hormonais, como os contraceptivos hormonais orais, também podem ajudar as mulheres a viverem melhor com a síndrome. 

Bem conhecida entre as mulheres, a Síndrome do Ovário Policístico é um distúrbio endócrino que provoca alteração dos níveis hormonais, levando à formação de cistos nos ovários que fazem com que eles aumentem de tamanho. As características principais desta doença são: menstruação irregular, alta produção do hormônio masculino (testosterona) e presença de micro cistos nos ovários.

“Muitos diagnósticos são feitos quando as mulheres tentam engravidar e não conseguem. Isso acontece, pois, às vezes, os sintomas não são evidentes. E o tratamento de fertilidade para esses casos deve ser feito de forma individualizada, analisando cada caso. As portadoras desta síndrome ovulam menos, cerca de três vezes por ano, enquanto a média geral é de nove a dez vezes. Então, mesmo essa condição reduzindo as chances de uma gestação, ela não impede totalmente a gravidez, principalmente por outros meios, como a a fertilização in vitro”, explica a ginecologista e doutora em reprodução humana Layza Merizio Borges.

Ainda não há uma causa totalmente esclarecida para a ocorrência da Síndrome do Ovário Policístico. Estuda-se uma influência da origem genética ou talvez uma relação da síndrome com a resistência à ação da insulina no organismo. Isso aumentaria o hormônio na corrente sanguínea, provocando um desequilíbrio hormonal.

Para conviver bem com este distúrbio dos ovários policísticos é fundamental realizar uma mudança no estilo de vida. E o principal é adotar uma alimentação equilibrada, rica em vitaminas e minerais. Outro item importante também é praticar exercícios físicos com regularidade, já que a doença pode ser agravada por alguns fatores, como obesidade, diabetes e colesterol alto.

Os tratamentos hormonais, como os contraceptivos hormonais orais, também podem ajudar as mulheres a viverem melhor com a síndrome. Além de ajudar a regular os ciclos menstruais, esses medicamentos reduzem o risco do desenvolvimento de câncer do endométrio – tecido que reveste o útero internamente.

A descoberta da doença para muitas mulheres ocorre entre 20 e 30 anos de idade, mas os primeiros sintomas aparecem logo nos primeiros ciclos menstruais ainda na adolescência. O médico algumas vezes pode conseguir diagnosticar a síndrome durante a consulta ou com o exame físico. Porém, existem diversos exames que auxiliam no diagnóstico do distúrbio.

“Se uma mulher está no grupo de risco da doença ou se há algum tipo de desconforto ginecológico, a orientação é procurar um médico para realizar as avaliações necessárias. A síndrome dos ovários policísticos tem tratamento e, quanto antes ele for iniciado, menores são os prejuízos para a paciente”, orienta a ginecologista e doutora em reprodução humana Layza Merizio Borges. 

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