Conjuntivite, terçol, estrabismo, miopia, Síndrome do Olho Seco. Essas doenças lotam consultórios e hospitais e são conhecidas por grande parte da população. No entanto, existem algumas doenças oculares que podem ser bastante esquisitas e pouco comuns.
Alguns exemplos são: herpes ocular, Síndrome do Olho de Gato, Heterocromia, Policoria e Paralisia Oculomotora. Você já ouviu falar de algumas delas? A oftalmologista Marina Falcão, explica que, embora não sejam tão comuns, algumas delas levam pessoas ao médico com frequência. “Casos de herpes ocular são muito frequentes, especialmente no pronto-atendimento. Geralmente melhoram com o tratamento correto”, diz.
Doenças incomum
Herpes ocular: É uma infecção e em alguns casos, pode ser potencialmente grave. É transmitida pelos vírus que causam as outras formas de herpes, como a labial. Os sintomas são ardência, sensibilidade à luz, inchaço, coceira, vermelhidão e bastante desconforto. Geralmente, acomete as pálpebras, com múltiplas vesículas e a córnea, causando ceratite ou úlcera. As lesões podem se manifestar de forma bem característica, facilitando o diagnóstico e, assim, o início precoce do tratamento. Pode aparecer várias vezes ao longo da vida e é transmitida pelo contato direto com alguém portador da doença.
Síndrome do Olho do Gato: Também conhecida como Coloboma de íris, é uma doença hereditária rara, associada ao cromossomo 22. É uma malformação congênita que pode afetar várias partes do olho, como a íris, córnea e pálpebras. A aparência dos olhos é uma característica bem marcante, mas podem existir outras anormalidades extraoculares associadas, afetando rins, ouvidos, coração.
Heterocromia: É uma anomalia multifatorial rara, na qual os olhos têm cores diferentes. Pode estar relacionada a uma síndrome, alteração genética, trauma ou doenças adquiridas. Ocorre em menos de 1% da população. Vale lembrar que a cor dos olhos deriva da quantidade de melanina, assim como ocorre na pele, e que a heterocromia acontece quando há distribuição desigual da melanina. Nos casos congênitos, geralmente, não há danos à saúde, mas é essencial procurar um especialista para fazer uma correta avaliação.
Policoria: Condição extremamente rara na qual uma pessoa apresenta duas ou mais pupilas na mesma íris. Cada pupila funciona de maneira independente por ter seus músculos próprios. Pode ser corrigida cirurgicamente, mas não tende a afetar a saúde dos olhos de modo significativo. Sabe-se pouco sobre as causas da policoria, mas acredita-se que tenha influências genéticas.
Paralisia oculomotora: É um desequilíbrio motor provocado pela paralisia de um ou vários músculos extraoculares, podendo afetar os movimentos dos olhos e a resposta da pupila à luz. Essa paralisia ocorre, em geral, por falta de suprimento sanguíneo ou compressão do nervo. As causas variam desde controle irregular de diabetes e hipertensão até doenças compressivas, como aneurismas e tumores ou também secundárias a traumas.