Saúde

Homens solteiros têm duas vezes mais chances de morrer de insuficiência cardíaca; entenda

A pesquisa aponta que o estado civil e o sexo podem exercer influência direta no risco de doenças do coração. Entenda o motivo

Foto: Reprodução/Freepik - @marymarkevich

Atenção homens solteiros! Um grupo de pesquisadores da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos apresentou evidências de que o casamento faz muito bem ao coração. Isso mesmo. Por outro lado, aqueles que optaram em nunca se casar, o prognóstico não é nada bom: de acordo com o estudo evitar "juntar as escovas de dentes" aumenta em duas vezes os riscos de morrer em cinco anos por insuficiência cardíaca.

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A pesquisa foi apresentada no Congresso Mundial de Cardiologia. A descoberta foi baseada em uma análise com 6.800 adultos americanos, na faixa etária entre 45 e 84 anos. Desse total, foram analisados 94 voluntários com insuficiência cardíaca.

Dados

No Brasil, a insuficiência cardíaca é responsável por uma taxa elevada de internações e óbitos, o que gera um alto custo para o sistema público. em cinco anos, de 2015 a 2020, foram registrados 1.212.249 de internações e 134.703 óbitos pela condição. O estudo com esses dados foi publicado na Brazilian Medical Students Journal.

O que é a insuficiência cardíaca?

A insuficiência cardíaca acontece quando o músculo do coração fica muito fraco ou rígido para bombear o sangue para o restante do corpo.

"Existe uma ligação entre o status de relacionamento de uma pessoa e seu prognóstico clínico [com insuficiência cardíaca], e é importante descobrir por que isso ocorre", disse Katarina Leyba, médica da Universidade do Colorado e principal autora do estudo, em comunicado.

Para o trabalho investigativo foi avaliado o tempo em que as pessoas continuaram vivas depois de serem diagnosticadas com insuficiência cardíaca. Foi levado em consideração o gênero e estado civil de cada um. 

No final da pesquisa, os resultados mostraram que os homens que nunca se casaram tinham 2,2 vezes mais chances de desenvolver a doença (em média, dentro de cinco anos), após o diagnóstico, quando comparados a mulheres de qualquer estado civil e homens casados. Já para as mulheres, o estado civil não desempenhou um papel significativo.

Parceria e cumplicidade fazem bem ao coração

Entre as possíveis relações para essa conclusão, está a importância da cumplicidade, além da interação social como um todo que colaboram efetivamente para o bom-humor e bem-estar.

Ser cuidado (e cuidar!), ser observado por alguém, com atenção voltada para uma rotina de exercícios, alimentação balanceada, e por exemplo, acompanhar nas idas ao médico, lembrar das consultas de rotina também são fundamentais para a manutenção da boa saúde física.

"Como médicos, precisamos pensar em nossos pacientes não apenas em termos de fatores de risco médicos, mas também no contexto de sua vida", ponderou Katarina Leyba, médica residente da Universidade do Colorado e principal autora do estudo.

Insuficiência cardíaca: tem cura?

De acordo com especialistas, ainda não existe cura para a insuficiência cardíaca. Mas é importante ressaltar que adotar hábitos de vida saudáveis, praticar exercícios físicos regularmente e, caso necessário (com indicação médica) adotar o uso de medicamentos pode promover a melhora da qualidade de vida do indivíduo.

Por ser condição crônica, precisa ser acompanhada de perto pelo resto da vida.

"Como nossa população está envelhecendo e vivendo mais, é imperativo determinar a melhor forma de apoiá-la durante o processo de envelhecimento, e isso pode não ser tão fácil quanto tomar uma pílula. Precisamos adotar uma abordagem personalizada e holística para apoiar os pacientes, especialmente com um processo de doença crônica como insuficiência cardíaca", finaliza a pesquisadora. 

Doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo

Dados divulgados pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), mais pessoas morrem todos os anos por enfermidades do coração do que por qualquer outra causa.

É fato de que grande parte das doenças cardiovasculares pode ser prevenida. Abandonar o tabagismo, a alimentação rica em ultraprocessados, as gorduras e a obesidade, além do uso excessivo de bebidas alcóolicas, é fundamental para isso.

Quais são os principais sintomas de doenças cardiovasculares?

Ainda de acordo com a OPAS, na maioria das vezes, e infelizmente, um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral pode ser o primeiro aviso da doença subjacente. Os sintomas do ataque cardíaco incluem:

1. Dor ou desconforto no centro do peito;

2. Dor ou desconforto nos braços, ombro esquerdo, cotovelos, mandíbula ou costas.

A pessoa também pode apresentar dificuldade falta de ar, sensação de enjoo ou vômito, sensação de desmaio ou tontura, suor frio e palidez. As mulheres são mais propensas a apresentar falta de ar, náuseas, vômitos e dores nas costas ou mandíbula.

E o mais importante: ao primeiro sinal de algo não está bem com o coração e ao apresentar esses sintomas, as pessoas devem procurar imediatamente assistência médica.

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*Com informações do R7

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