Sucralose: adoçante pode ajudar no tratamento de doenças autoimunes? Entenda
Saiba quais adoçantes são mais usados na indústria alimentícia, os que mais adoçam, as versões naturais, artificiais e riscos para a saúde
Tem gente que não vive sem um 'docinho', porém, nem todo mundo pode consumir alimentos e bebidas adoçados com o famoso açúcar. É aí que entram em cena os adoçantes.
Eles são substâncias que adoçam como o açúcar e podem ser de origem natural, como aqueles a base de xilitol (extraído do milho) e os artificiais, feitos com substâncias químicas sintéticas, responsáveis por estimular os receptores do sabor doce na língua.
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E não é de hoje que pesquisadores estudam os benefícios e malefícios relacionados ao consumo dos adoçantes.
Na Inglaterra, um grupo de cientistas descobriu em um estudo recente que o consumo grande de sucralose, adoçante comum na composição de refrigerantes, por exemplo, reduz a ação de células T no sistema imunológico de camundongos. Essas células, quando descontroladas, contribuem para a piora de doenças autoimunes.
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O adoçante é considerado cerca de 600 vezes mais doce que o açúcar comum. É importante destacar que, assim como outros adoçantes artificiais, não tem seu funcionamento completamente compreendido pela ciência.
Caso os mesmos resultados positivos sejam constatados nos testes em humanos, especula-se que o adoçante venha a ser uma ferramenta de auxílio no controle de doenças autoimunes, segundo os pesquisadores.
Análise dos efeitos da sucralose em camundongos
Para o estudo, eles procuraram analisar os efeitos da sucralose no organismo de camundongos. Esse animais são escolhidos para estudos por uma série de fatores, entre eles, a sua fisiologia que é bem semelhante à dos humanos.
Mas, então, como o experimentos funcionou? Primeiro, os cientistas deram sucralose aos camundongos em doses, proporcionalmente, equivalentes à ingestão diária humana máxima aceitável e recomendada pelos órgãos de saúde europeus.
Foi então que os pesquisadores notaram que os animais alimentados com essa dosagem ativaram menos as células T em resposta ao câncer ou infecção. Efeitos em outros tipos de células imunes não foram observados.
Ao observarem detalhadamente, eles constataram que a ingesta de alta dosagem afetou a liberação intracelular de cálcio em resposta à estimulação e, desse modo, neutralizou a atividade das células T.
Os pesquisadores lembram que tal informação não deve ser alardeada, na intenção de melhorar o sistema imunológico, visto que, dificilmente, humanos seriam submetidos aos níveis de sucralose utilizados no estudo.
“Mais pesquisas e estudos são necessários para ver se esses efeitos da sucralose em camundongos podem ser reproduzidos em humanos. Se essas descobertas iniciais se mantiverem nas pessoas, elas poderão um dia oferecer uma maneira de limitar alguns dos efeitos nocivos das condições autoimunes”, afirma Karen Vousden, autora do estudo, em comunicado.
Alguns tipos de adoçantes
1. Sucralose: 600 vezes mais doce que o açúcar comum. Não tem calorias, é produzido a partir do próprio açúcar e é muito usado para adoçar bebidas dietéticas.
2. Frutose: conhecido como açúcar das frutas.
Possui cerca de 20kcal em uma colher de chá e é encontrada em frutas e no mel, por exemplo. Pode ser consumido por diabéticos, porém com supervisão médica.
3. Sacarina: adoçante derivado do petróleo deve ter seu consumo limitado, mesmo não possuindo calorias. É desaconselhado para gestantes.
4. Xilitol: seu consumo em doses altas pode desencadear diarréia. Tem sabor parecido ao do açúcar. É produzido a partir das fibras de alguns vegetais, como o milho, por exemplo e de algumas frutas vermelhas.
5. Eritritol: encontrado em vários alimentos de origem vegetal, além de bebidas derivadas de fermentação. Tem níveis baixos de calorias. Estudo associa uso do eritritol a episódios de ataques cardíacos e AVC.
6. Asseculfame K: não é indicado para pessoas portadoras de doenças renais. Tem poder de adoçar 125 vezes maior que o do açúcar. É um sal de potássio sintético.
7. Ciclamato de Sódio: de maneira geral, é um adoçante associado a outros tipos de adoçantes em pequenas quantidades. Caso seja usado sozinho, seu consumo diários deve ser limitado.
8. Stévia: não é calórico, possui certo amargor ao paladar. É extraído de uma planta chamada Stévia rebaudiana.
Qual o melhor para a saúde: açúcar ou adoçante?
Segundo especialistas, de fato, nada em excesso é bom para a saúde. Nem mesmo água! Portanto, antes de escolher o que consumir, seja o açúcar ou um dos tipos de adoçantes disponíveis no mercado, o ideal é fazer um check up com o médico da sua confiança.
Vale lembrar que os adoçantes, de maneira geral, surgiram como alternativas ao açúcar, porém, são mais doces e podem levar `à necessidade de consumo de comidas com teor de dulçor maiores, ou seja, é fundamental ficar atento para não exagerar no consumo diário.
*Com informações do R7
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