Saúde

Calor extremo põe em risco saúde do cérebro; saiba como se proteger

Calor extremo: veja quais são os desafios cerebrais, impactos neurológicos e estratégias de proteção essenciais

Brenno Ramos

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução / Divulgação

Em um cenário em que a ONU emite alertas sobre os perigos iminentes do aquecimento global, o Rio de Janeiro está enfrentando uma onda de calor intensa, com sensações térmicas ultrapassando os 60 graus Celsius. O Dr. Fabiano de Abreu Agrela, especialista em neurociências com pós-doutorado e diretor do Neurogenomic, adverte sobre os perigos que temperaturas tão elevadas representam para a saúde do cérebro, especialmente para grupos mais vulneráveis, como idosos e crianças.

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Impactos danosos do calor no Cérebro

O aumento da temperatura corporal, ultrapassando o patamar ideal de 37 graus Celsius, coloca uma sobrecarga no cérebro, levando a sintomas como fadiga, tontura, náusea e até mesmo desmaios. Além disso, a desidratação, um problema comum em ondas de calor, pode desencadear dores de cabeça, confusão mental e dificuldades de concentração.

Riscos neurológicos e genéticos

O Dr. Agrela também destaca a possibilidade de danos permanentes às células cerebrais, que podem resultar em complicações neurológicas graves. Além disso, fatores genéticos podem influenciar na susceptibilidade de um indivíduo aos efeitos prejudiciais do calor. Mudanças nos níveis de neurotransmissores importantes, como dopamina e serotonina, também são preocupantes, pois afetam a regulação da temperatura, humor, sono e cognição.

Grupos vulneráveis

O especialista ressalta que idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas ou neurodegenerativas são particularmente suscetíveis aos efeitos do calor extremo.

Prevenção e cuidados

Para se proteger, o especialista recomenda medidas como manter-se hidratado constantemente, evitar atividades extenuantes durante os períodos de calor intenso, usar roupas leves, aplicar protetor solar e permanecer em ambientes frescos. Banhos frios ou mornos e o uso de ventiladores ou ar-condicionado também são recomendados.

É fundamental procurar ajuda médica imediata em caso de sintomas graves, como febre alta, convulsões ou alterações no estado mental, pois podem indicar complicações sérias.

Com os alertas da ONU sobre os perigos do aquecimento global e as altas temperaturas registradas, torna-se crucial estar ciente dos riscos para a saúde cerebral e adotar as devidas precauções. Em caso de dúvidas ou sintomas preocupantes, a consulta médica é indispensável.

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