Como funciona nova caneta para emagrecer? Veja quem pode usar e onde comprar
A medicação apresenta bons resultados e previsão é que entre no mercado em 2026; saiba tudo do novo aliado ao combate à gordura e obesidade
A retatrutida é o mais recente medicamento em fase de teste para tratar a obesidade. A conclusão da fase 3 dos estudos está prevista para fevereiro de 2026. Ainda não há uma estimativa sobre quando o medicamento estará disponível para venda, mas é considerado altamente promissor.
Conforme afirmado pelo especialista em nutrologia esportiva, obesidade e emagrecimento, Dr. Thiago Garcia, em entrevista ao Metrópoles, a retatrutida é um medicamento injetável projetado para tratar com eficácia a obesidade e a diabete tipo 2.
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Apesar de ainda estar em fase de testes, a retatrutida demonstrou a capacidade de reduzir em um quarto o peso dos pacientes. De acordo com especialistas, esse remédio tem o potencial de ser uma alternativa à cirurgia bariátrica.
O medicamento opera influenciando os receptores de três hormônios fundamentais que desempenham um papel crucial no controle da saciedade, da fome e na regulação dos níveis de glicose e insulina no organismo”, explica o médico.
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QUAL É O MECANISMO DE AÇÃO DA RETATRUTIDA?
Os hormônios simulados pela medicação incluem o GLP-1, responsável pela sensação de saciedade, o glucagon (GCG), que aumenta os níveis de glicose no sangue, e o GIP, que regula a secreção de insulina. De acordo com Thiago, "A combinação desses efeitos atua sinergicamente, resultando em um aumento da sensação de saciedade e uma redução do apetite".
USO DE CANETAS PARA EMAGRECER
Os hormônios da semaglutida e da liraglutida viajam até o cérebro, especificamente para o hipotálamo, onde estimula certas células, reduzindo assim o apetite.
No entanto, o GLP-1 tem uma vida útil curta. A enzima DPP4, produzida pelo nosso organismo, rapidamente degrada o efeito do hormônio, levando à sensação de fome. É aí que entram em ação os medicamentos semaglutida e liraglutida. Eles são resistentes à ação da enzima DPP4, o que prolonga a sua atividade no nosso organismo.
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OXANDROLONA: VEJA PARA QUE SERVE HORMÔNIO USADO EM ACADEMIA PARA EMAGRECER E GANHAR MÚSCULO
Substância tem efeitos anabólicos, pode ser usado no tratamento de osteoporose, anemia, lipedema e até no chip da beleza; entenda efeitos e para que serve
Oxandrolona é um remédio hormonal sintético derivado do Dihidrotestosterona (DHT). Ele foi descoberto por Rafael Pappo, em 1964, enquanto o cientista trabalhava na Searve, conhecida atualmente como Pfizer.
Em um vídeo publicado em seu canal no YouTube, o médico Samuel Dalle Laste explica que esse medicamento tem efeitos anabólicos para quem usá-lo.
O hormônio sintético é indicado, principalmente, para tratar sarcopenia. Comum em idosos, essa condição deixa o paciente com pouco músculo esquelético, ou seja, pouca musculatura no corpo.
"Isso é péssimo para a saúde, então, um dos hormônios que podem ser utilizados no idoso sarcopênico é a oxandrolona", disse Samuel.
Segundo o médico, outras condições que podem ser tratadas com oxandrolona são a osteoporose e a anemia.
"A oxandrolona foi lançada no mercado como uma opção para crianças com dificuldade de desenvolvimento. Elas podiam usar esse recurso que, na época, era chamado de Anavar", explicou.
Samuel contou que, ao entrar em contato com o corpo, a oxandrolona estimula a eritropoese, uma forma de melhorar a hemoglobina. Ele afirma ser muito mais comum utilizar em mulheres anêmicas.
Ainda de acordo com o médico, assim como a oxandrolona, muitos remédios fármacos hormônicos são bons para o tratamento de várias condições, mas eles acabaram caindo na popularidade e sendo "estragados".
Um exemplo é o chip da beleza, que "nada mais é do que um implante de gestrinona". "Na minha opinião, um dos melhores tratamentos que existem para endometriose, adenomiose e miomatose", contou.
No entanto, Samuel afirma que não é um tratamento saudável. "Ele é um hormônico sintético. Falar que aquilo é bom, não é. Por que eu falei que é o melhor tratamento que existe? É a menos ruim, mas não significa que é saudável".
"O chip da beleza ficou demonizado no meio médico, porque muitos colegas prescreveram esse implante de gestrinona para mulheres que não precisavam disso, simplesmente por questões estéticas e isso acaba estragando um tratamento muito legal", explicou.
Por ser um hormônio anabólico, a oxandrolona derrete a gordura e muitas pessoas usam uma dose de 5 a 10 mg para emagrecer, o que não é indicado pelo médico.
"Essa é uma dose terapêutica de tratamento médico para idosos e crianças de baixo desenvolvimento, que a galera usa na academia no tal do projetinho verão para ficar grandão", disse.
"O pessoal chega a usar por dia até 100 mg, ou seja, 20 vezes mais do que deveria ser usado como um tratamento", complementou. "As pessoas abusam desse hormônio, que ganha fama de ser um hormônico tóxico, um vilão, por conta do mau uso".
De acordo com Samuel, a oxandrolona aumente a massa muscular, ao mesmo tempo que diminui o percentual de gordura. Logo, é um ótimo hormônio para quem tem lipedema, por exemplo.
"O lipedema é uma perna que tem uma camada de gordura muito grande ao redor da perna, uma capa de gordura inflamada e, muitas vezes, um tratamento com baixas doses de oxandrolona (menos do que 5 mg) já faz um efeito a longo prazo para melhorar essa inflamação", explicou.
Embora tenha várias vantagens, ainda existem os efeitos andrógenos como a pele mais oleosa, o aumento da acne, queda de cabelo, aumento do colesterol LDL e a diminuição do colesterol HDL.
Segundo o médico, esses efeitos são por uso de baixas doses. Ele comenta que existem pessoas que usam altas doses desse hormônio para melhorar na academia.
Inclusive, a falsificação desses hormônios, conhecidos como anabolizantes, são perigosos. Por exemplo, ao tomar essas doses aumentadas de oxandrolona, homens desenvolvem disfunção erétil, ginecomastia (peitos salientes) e hipogonadismo (pouca produção de testosterona).
Já nas mulheres, ao usar essas doses, elas podem ter hipertrofia do clitóris (aumento), alteração das cordas vocais (voz rouca) e hirsutismo (aumento de pelos).