Mais de 30 médicos vão fazer consultas de graça para ajudar vítimas da chuva no ES
Até a tarde desta segunda-feira (25), 31 médicos e 3 enfermeiras já atuavam como voluntários na plataforma
Uma importante iniciativa vem ajudando moradores dos municípios do Espírito Santo atingidos pela forte chuva deste fim de semana.
O médico obstetra Murilo Pessanha Ferraz criou a plataforma SOS Consultas. O objetivo é oferecer consultas médicas gratuitas e online para os pacientes que moram nas cidades devastadas pela força da água.
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Em um vídeo publicado em uma de suas redes sociais, o médico explicou o funcionamento da plataforma e como surgiu a ideia de criá-la.
"A gente já sabe que os PSF's, os postos de saúde, as unidades de saúde foram atingidas também pelas chuvas e, em muitos lugares, os médicos também não vão conseguir chegar para realizar os atendimentos. Passamos o fim de semana ajudando esses lugares, tentando emitir as receitas digitais, fazer com que os pacientes tenham acesso aos medicamentos que eles precisam nesses lugares", relata.
Ao Folha Vitória, ele explicou que a ideia para o aplicativo surgiu neste domingo (24), quando estava na Missa.
"Eu recebi um telefonema de um farmacêutico dizendo que dezenas de pacientes das comunidades afetadas precisavam de renovar receitas de medicamentos, mas não tinham como comprar por que estavam sem essas receitas. No início, criei a plataforma para ajudar com isso, mas aí começaram a chegar também pedidos de ajuda para consultas médicas e resolvi ampliar essa ajuda", contou.
Rede de solidariedade
A plataforma, ainda de acordo com o Murilo, facilita os agendamentos, possibilitando que os médicos voluntários realizem as consultas online. Já surgiram profissionais de diversas especialidades.
"Já conseguimos 31 médicos voluntários e 3 enfermeiras que estão ajudando com o processo de triagem. Deixamos a plataforma aberta desde ontem no fim da tarde e desde está gerando agendamentos. Desde às 9h da manhã de hoje não parou em nenhum momento", conta Murilo.
De tão grande a demanda, Murilo disse que ainda não é possível saber quantas pessoas estão sendo agendadas e atendidas.
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Um grupo de psicólogas já se colou a disposição para também realizar atendimentos. Além disso, um desenvolvedor de sites ofereceu ajuda para melhorar o acesso à plataforma.
"A ideia é alcançar um número cada vez maior de pessoas que estão precisando de ajuda. Existem distritos que estão sem internet e sem telefone. Estamos buscando quem possa levar isso até essas pessoas", finalizou.