Saúde

Dengue, gripe ou covid? Saiba como diferenciar os sintomas

As três doenças afetam o sistema respiratório e podem trazer sintomas muito parecidos entre elas. É importante ficar atento aos sinais e evitar complicações

Foto: Divulgação

O Espírito Santo registrou 3.913 casos de dengue de janeiro até o dia 9 de abril deste ano. Os dados foram divulgados no boletim semanal feito pela equipe do Núcleo Especial de Vigilância Ambiental, da Secretaria da Saúde (Sesa), no último dia 14. No mesmo período de 2021 o Estado registrou 3.957 casos, 44 a mais. 

Apesar dos números terem reduzido um pouco em 2022, é importante ficar atento: a dengue pode levar à morte.

Além disso, existe o fato de que outras doenças também estão em circulação. A pandemia provocada pela covid-19 ainda não terminou e os casos de gripe costumam aumentar nesta época do ano.

O fato é que as três doenças afetam o sistema respiratório e podem trazer sintomas muito parecidos entre elas. Por isso, é importante ficar atento aos sinais e buscar ajuda médica para evitar complicações.

Saiba diferenciar sintomas da dengue, gripe e covid-19

Febre, cansaço e mal-estar são alguns dos sintomas característicos da dengue, da gripe e da covid-19. De maneira geral, elas se apresentam de maneira parecida. Veja as diferenças e semelhanças entre as doenças:

PRINCIPAIS SINTOMAS DA DENGUE

- Febre alta: maior que 38°C;
- Dor no corpo e articulações;
- Dor atrás dos olhos;
- Mal-estar;
- Falta de apetite;
- Dor de cabeça
- Manchas vermelhas no corpo;

No caso da dengue Grave, que é a forma severa da doença, os sintomas incluem dores abdominais intensas e contínuas, vômitos constantes, náuseas e sangramento de mucosas.  

SINTOMAS DA GRIPE

- Febre;
- Dor de cabeça;
- Calafrios;
- Dores do corpo;
- Coriza;
- Tosse;
- Fraqueza

SINTOMAS DA COVID

- Febre;
- Tosse;
- Cansaço;
- Perda de paladar ou olfato;
- Dores de cabeça, garganta:
- Dor no corpo;
- Dificuldade para respirar
 

ES registrou mais de 15 mil casos suspeitos de dengue em 2021

Em janeiro deste ano, a Sesa divulgou o boletim epidemiológico com os balanços finais de 2021. O Espírito Santo registrou 15.230 casos suspeitos de dengue, 3.163 de Chikungunya e 930 casos de infecção pelo zika vírus ao longo de todo o ano passado. 

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Na ocasião, o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, alertou para o risco de uma epidemia das três doenças ainda no primeiro quadrimestre deste ano, levando em consideração o fato de que elas acontecem em ciclos de três a cinco anos.

Nos três primeiros meses e meio de 2022, foram notificados 210 casos de zika e 820 chikungunya. 

População tem papel importante no combate à dengue

Segundo a enfermeira do Programa de Educação em Saúde Ambiental do Núcleo Especial de Vigilância Ambiental (GEVS), Mayra Rodrigues, a dengue é uma ameaça a saúde coletiva e por esse motivo, a prevenção é fundamental. Criadouros do mosquito podem ser encontrados em terrenos e em residências. 

“A única forma de prevenção ao mosquito é eliminar os possíveis criadouros. É essencial que a população participe com os cuidados necessários contra a doença. Prestar atenção e se autoeducar diariamente, com a finalidade de manter o ambiente sempre limpo para impedir a proliferação da dengue é de extrema importância”, destacou.

Para conseguir conter a curva de casos de dengue, é fundamental que a população faça o dever de casa com cuidado e atenção. O ideal é escolher um dia da semana para fazer um ckeck list completo no imóvel. Essa lista, com o que é preciso ser feito, pode ser acessada clicando no link: mosquito.saude.es.gov.br

Pratinhos de vasos de planta, garrafas mal acondicionadas, ralos em desuso devem sempre ser vistoriados uma vez que o ciclo de vida do mosquito dura em média entre 3 e 8 dias. Ao manter essa rotina semanal, é possível interromper a reprodução do aedes aegypti.

Casos de dengue no Brasil aumentam 85,6%

Segundo dados do Ministério da Saúde, os casos da doença no Brasil tiveram um aumento de mais de 85% até início deste mês, se comparado ao mesmo período do ano anterior.

Ainda de acordo com dados divulgados no boletim epidemiológico sobre arboviroses do MS, 79 pessoas morreram no país em 2022. O dobro quando comparado ao mesmo período do ano passado.