Saúde

Espera para segunda dose da Coronavac no ES deve acabar na primeira quinzena de junho

O secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, reforçou que os atrasos na aplicação do imunizante aconteceram por falta do IFA, que é o insumo utilizado para produzir a vacina

Bianca Santana Vailant

Redação Folha Vitória
Foto: sesa

A falta de insumos para produção da Coronavac preocupa, principalmente, as pessoas que ainda aguardam para receber a segunda dose do imunizante. Em entrevista ao Espírito Santo no Ar, da TV Vitória/Record TV, nesta quinta-feira (27), o secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, afirmou que todas as vacinas em atraso serão regularizadas até a primeira quinzena de junho.

"O principal prejuízo é a carência da vacina do Butantan. A cada semana, sem o envio, acumulam-se os atrasos. A expectativa é de que até o dia 15 de junho, 100% da população que espera a D2 da Coronavac seja vacinada", afirmou

Ainda segundo o secretário, não há atrasos na aplicação da segunda dose do imunizante da Astrazeneca. 

Expectativa para novas doses

O secretário explicou ainda que há expectativa da chegada de mais de 100 mil doses da Coronavac no início do mês de junho. Dessa forma, será possível zerar a fila de espera pelo imunizante. 

"Na primeira semana de junho é possível que a gente receba entre 120 a 140 mil doses vacina do Butantan. Ao concluir a vacinação da D2, vamos iniciar a disponibilidade para os grupos daquele momento, mas vamos fazer a reserva para ter a segunda dose disponível em julho", disse. 

Nésio reforçou que os atrasos na aplicação do imunizante aconteceram por falta do IFA, que é o insumo utilizado para produzir a vacina. "Houve uma frustração da produção da Butantan, que depende do insumo vindo da China. Ontem (quarta-feira) o Butantan recebeu o IFA e deve regularizar a Coronavac em junho. A causa principal do atraso foi a distribuição e a falta de produção do Butantan", finalizou. 

Não há necessidade de reaplicações, diz secretário

Diante dos atrasos, muitas pessoas questionaram se haverá a necessidade de reaplicar a primeira dose em quem está com a D2 atrasada. No entanto, segundo o secretário, essa não é uma possibilidade.

"A probabilidade de que as pessoas tenham que reiniciar o esquema de vacinação por conta do atraso é muito baixa. Estudos apontam que eficácia do imunizante foi incrementada. A aplicação gera no sistema imune uma série de anticorpos. Vacina não é como antibiótico, ela gera uma resposta imune no corpo. Com a segunda dose, ela amplifica essa resposta", explicou.