Saúde

ES recebe apenas 60% das doses necessárias de vacina BCG e orienta municípios

A secretaria de Estado da Saúde informou que o envio mensal de doses no mês de maio já contabiliza a cota reduzida, com a chegada de 60%

Foto: Divulgação

A BCG é uma das primeiras vacinas a serem administradas em bebês recém-nascidos. Ela protege contra as formas graves da tuberculose, doença altamente contagiosa e que afeta os pulmões. No calendário de vacinação da criança, ela deve ser aplicada em uma dose única, ao nascer. 

Entretanto, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, na rotina dos serviços, a vacina é disponibilizada para crianças até 4 anos, 11 meses e 29 dias, ainda não vacinadas.

Porém, um comunicado oficial do Ministério da Saúde feito aos Estados brasileiros sobre o uso operacional do imunizante BCG, levou representantes da pasta a adotarem medidas para mitigar os efeitos da redução de doses enviadas. Segundo o MS, a disponibilidade do imunizante está limitada ao estoque nacional.

De acordo com a Sesa, já foram iniciadas orientações aos municípios capixabas. O objetivo é reduzir os efeitos na oferta da vacina aos recém-nascidos. A secretaria ressalta que o envio mensal de doses no mês de maio já contabiliza a cota reduzida, com a chegada de 60%.

Entre as orientações e estratégias já definidas estão a oferta da vacina BCG nas maternidades em dias alternados, considerando que os recém-nascidos ficam pelo menos 48 horas no serviço. A oferta por agendamento nas unidades de saúde, também deverá ser adotada como forma de otimizar os frascos. Os dias e locais de oferta da vacina BCG nos municípios serão divulgados para a população.

A coordenadora do Programa Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreveníveis (PEI) disse que o ideal é que as famílias procurem se informar junto aos municípios. 

“A nossa principal orientação à família é que busque informações em seus municípios quantos aos serviços de vacinação para saber ao certo os dias e horários de oferta da BCG. É muito importante levar os recém-nascidos devido à prevenção que a vacina confere às formas graves da tuberculose”.

Ministério da Saúde alega dificuldades na aquisição de imunobiológico

Segundo o órgão federal, o motivo da disponibilidade limitada é a dificuldade na aquisição do imunobiológico (substância terapêutica produzida por sistemas biológicos vivos). A cota reduzida, de acordo com  Ministério da Saúde é, “para que não haja desabastecimento nos serviços de vacinação”.

O comunicado do Ministério, traz ainda a informação de que existe previsão de manter a readequação do envio de doses pelos próximos sete meses. “Por isso, é importante para que possamos trabalhar com estratégias de otimização, de forma a garantir a imunização dessas crianças e que não haja perda de doses”.