Saúde

Varíola do macaco: o que é, como prevenir e quais são os sintomas

Estados Unidos confirmaram esta semana o primeiro caso da doença em um homem adulto com histórico de viagem recente ao Canadá. Reino Unido e Espanha também investigam casos

Foto: OMS/Centro de Controle de Doenças da Nigéria

Uma doença rara e que é, em geral, transmitida por via respiratória. A varíola do macaco, apesar de pouco frequente, é causada pelo vírus da varíola símia e pode acometer pessoas e desencadear sintomas como cansaço em excesso, dores musculares, além de feridas e bolhas na pele.

Especialistas alertam que diante de qualquer sinal de infecção pelo vírus a pessoa busque ajuda médica para que seja tratada devidamente e impedindo, inclusive, a contaminação de outras pessoas.

Nesta quarta-feira (18), os Estados Unidos confirmaram o primeiro caso da doença em um homem adulto que tinha histórico de viagem recente ao Canadá.

Segundo o Manual MSD de Diagnóstico e Tratamento, "apesar do nome, os primatas não humanos não são reservatório do vírus da varíola. Embora o reservatório seja desconhecido, os principais candidatos são pequenos roedores como, por exemplo, esquilos nas florestas tropicais da África, principalmente, na África Ocidental e Central", cita o guia médico. As informações foram publicadas pelo Portal R7.

O vírus é transmitido pelos animais para humanos. Essa transmissão ocorre por meio de secreções fisiológicas. Já  a transmissão entre humanos é mais difícil. Ainda de acordo com o manual, o mais provável é quando há contato pessoal e direto prolongado. 

Casos em investigação na Espanha sugerem "contato com fluidos", segundo um porta-voz do Departamento Regional de Saúde de Madri.

“De um modo geral, a varíola dos macacos é transmitida por transmissão respiratória, mas as características dos oito casos suspeitos apontam para contato com fluidos. Os oito casos suspeitos em Madri estão entre homens que fazem sexo com homens. Eles estão bem, mas essa doença pode exigir tratamento hospitalar”, afirmou o porta-voz em entrevista ao jornal britânico The Guardian.

O período de incubação do vírus varia entre seis e 13 dias, podendo chegar a três semanas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Os sintomas podem ser leves ou graves, e as lesões podem ser muito pruriginosas ou dolorosas", complementou a entidade em comunicado. Os pacientes também podem apresentar linfonodos aumentados e maior risco de infecção bacteriana secundária dos pulmões e da pele.

Tratamento e prevenção

Autoridades e estudiosos da área de saúde afirmam que não existe um tratamento comprovado e seguro para a infecção provocada pelo vírus da varíola símia e os sintomas costumam desaparecer espontaneamente.

Alguns medicamentos costumam ser usados. É o caso dos antivirais tecovirimat, cidofovir e brincidofovir.

A vacina tradicional contra a varíola "pode ser usada tanto na pré como na pós-exposição e é até 85% eficaz na prevenção da varíola", de acordo com a Agência da Segurança da Saúde do Reino Unido, onde sete casos foram detectados desde o início de maio.

"As pessoas vacinadas contra a varíola na infância podem apresentar uma doença mais branda", complementou o órgão.

Conheça os sintomas da varíola do macaco

Os sintomas da doença costumam aparecer entre de 5 e 21 dias após o contato com o vírus. Os principais são:

- Dor nas costas;
- dor no corpo;
- cansaço excessivo;
- febre;
- dor de cabeça;
- feridas e bolhas na pele.

*Com informações do Portal R7