Saúde

Covid-19: afinal, a pandemia acabou? Entenda

Em pouco mais de três anos, 765 milhões de casos e 6,9 milhões de mortes foram confirmadas ao redor do mundo

Foto: TV Vitória

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta sexta-feira (5), o fim da fase emergencial da pandemia causada pela covid-19 levando em consideração a redução do número de mortes e casos da doença em todo o mundo. Porém, o anúncio não significa que a pandemia acabou. 

"Ontem, o Comitê de Emergência se reuniu pela 15ª vez e recomendou que eu declare o fim da Emergência de Saúde Pública de Preocupação Internacional. Aceitei esse conselho. Portanto, é com grande esperança que declaro o fim da covid-19 como uma emergência global", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Este era o mais alto nível de alerta da agência em relação a uma doença. Em seu pronunciamento, Adhanom fez questão de ressaltar que mesmo que a emergência planetária tenha acabado, a preocupação com o surgimento de novas variantes ainda é uma realidade. A Organização acredita que o mundo está mais preparado para lidar com a doença. 

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"Por mais de um ano, a pandemia está em tendência de queda, com a imunidade da população aumentando devido à vacinação e infecção. A diminuição da mortalidade e a pressão sobre os sistemas de saúde nesta tendência permitiram que a maioria dos países voltasse à vida como a conhecíamos antes da Covid-19", afirmou Tedros. 

Segundo especialistas, essa alteração no status aconteceu devido ao avanço da vacinação a partir do desenvolvimento do imunizante que aconteceu em tempo recorde. As primeiras doses começaram a ser dadas em dezembro de 2020 - no Brasil, a aplicação começou só no mês seguinte.

De acordo com a OMS, mais de 765 milhões de casos e 6,9 milhões de mortes foram confirmados em mais de três anos de pandemia. Com relação às vacinas contra o novo coronavírus, mais de 13,3 bilhões de doses foram aplicadas até agora.

Logo, o status de pandemia permanece em vigor devido à disseminação global contínua da doença provocada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2), que afeta vários continentes, mantendo um surto com transmissão sustentada. Além disso, há impacto relevante no número de mortes e hospitalizações, pois na semana passada, a covid matou uma pessoa a cada três minutos.

Histórico da pandemia da covid-19

A Organização Mundial da Saúde (OMS) foi alertada no dia 31 de dezembro de 2019, sobre inúmeros casos de pneumonia na cidade de Wuhan, província de Hubei, na República Popular da China. Era um novo tipo de coronavírus que não havia sido identificado antes em seres humanos.

Já em 7 de janeiro de 2020, ou seja, uma semana depois, as autoridades chinesas confirmaram que haviam identificado um novo tipo de coronavírus. Os coronavírus são a segunda principal causa de resfriado comum (após rinovírus) e, até as últimas décadas, raramente causavam doenças mais graves em humanos do que o resfriado comum.

Ao todo, sete coronavírus humanos (HCoVs) já foram identificados: HCoV-229E, HCoV-OC43, HCoV-NL63, HCoV-HKU1, SARS-COV (que causa síndrome respiratória aguda grave) e MERS-COV (que causa síndrome respiratória do Oriente Médio). 

O mais recente é o novo coronavírus que em 11 de fevereiro de 2020, recebeu o nome de SARS-CoV-2). Esse novo coronavírus é responsável por causar a doença covid-19. (Fonte: Organização Pan-Americana da Saúde)

*Com informações do Estadão e R7

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