Erisipela de repetição: especialista detalha o que é condição do Bolsonaro
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente internado por conta de erisipela, ainda não tem previsão de alta
Os primeiros sintomas da doença surgiram após as eleições de 2022. Mas o que exatamente é essa enfermidade e quais são os riscos? O dermatologista Antônio Macedo, entrevistado pelo Jornal Opção, explica que, embora exista tratamento, a falta de cuidados pode levar, em casos raros, a complicações graves, até mesmo fatais.
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Em geral, a erisipela, frequentemente causada pela bactéria Estreptococo, penetra no corpo através de lesões na pele, como pequenos cortes, picadas de insetos e até mesmo infecções fúngicas. Se não tratada adequadamente, a infecção pode se espalhar pelos vasos linfáticos, afetando os tecidos subcutâneo e adiposo, o que representa um perigo.
"Trata-se de uma infecção bacteriana que atinge a pele, comumente afetando as pernas", ressalta o especialista. Embora a maioria dos casos ocorra em pessoas mais velhas, a doença não é restrita a uma faixa etária específica. "Geralmente, não é necessário internação, exceto em casos mais graves da doença".
Segundo Macedo, os principais fatores de risco para a erisipela incluem condições como diabetes, obesidade e problemas circulatórios. "Nossa pele já abriga uma flora bacteriana naturalmente. No entanto, quando uma porta de entrada se apresenta, como uma lesão na pele ou uma micose entre os dedos, as bactérias podem penetrar", explica.
O especialista destaca o fenômeno de recorrência da doença, como no caso do ex-presidente Bolsonaro. "Normalmente, isso ocorre quando o tratamento não é realizado de forma adequada. Às vezes, o paciente não segue as orientações corretamente, resultando na chamada erisipela de repetição, que pode comprometer o sistema linfático, causando inchaço nas pernas por um longo período", alerta.