Saúde

Ozempic X Mounjaro: qual injeção emagrece igual bariátrica?

Os dois medicamentos são indicados para o tratamento da diabetes, mas eles também ajudam no processo de emagrecimento

Foto: divulgação/freepik

Como emagrecer 40 quilos em três meses e não ficar com um cabeção?

Depois da febre do Ozempic e de diversos medicamentos para emagrecer, o mais novo queridinho é o Mounjaro. Com efeito superior ao Ozempic, ele se assemelha a uma bariátrica.

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Enquanto o Ozempic elimina cerca de 15% a 20% de gordura corporal, o que equivale a 20 quilos, o Mounjaro retira cerca de 40% de gordura. Essa alta porcentagem só pode ser alcançada com uma bariátrica

Uma influencer que perdeu peso com o remédio Mounjaro, explicou que também fez uso do Ozempic, mas que não foi eficaz para o seu processo. Segundo ela, no período de um ano ela emagreceu 40 quilos.

Mas afinal, qual remédio é melhor?

Os dois medicamentos são aplicados por meio de uma injeção semanal e têm um mecanismo de ação parecido: eles estimulam receptores hormonais localizados no intestino envolvidos na digestão dos alimentos e na secreção da insulina.

O Ozempic com um hormônio chamado GLP1 (peptídeo 1 semelhante ao glucagon) e o Mounjaro com dois hormônios polipetídeo e insulinotrópico. Por isso, seus efeitos são potencializados.

MOUNJARO: ENTENDA COMO A NOVA CANETA PARA EMAGRECER FUNCIONA

Criado pela farmacêutica Eli Lily, o Mounjaro foi aprovado pela Agência nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e tem como princípio ativo a tirzepatida.

O medicamento foi feito para o tratamento do diabetes tipo 2, mas foi demonstrado em estudos que ela também é extremamente relevante no contexto do emagrecimento para pacientes com obesidade. 

É importante ressaltar que o Ozempic e o Mounjaro são indicados para o tratamento da diabetes e não para o emagrecimento. É importante procurar um médico especialista para o melhor tratamento.

“MELHOR QUE OZEMPIC”: VEJA RECEITA NATURAL DE NUTRICIONISTA PARA EMAGRECER

Depois da febre do medicamento que ajuda a emagrecer, um nutricionista explicou que algumas receitas naturais podem ter o mesmo efeito

Foto: Racool_studio/Freepik/diaTribe Learn/Reprodução

Celebridades aparecendo mais magras, dietas restritivas e perda de peso em pouco espaço de tempo, essas tem sido as coisas mais procuradas nas redes sociais recentemente. Isso ocorreu pela febre do novo medicamente que emagrece, o ozempic.

O Ozempic atua no organismo imitando um hormônio associado ao controle do apetite e da ingestão alimentar. Ele auxilia na produção de insulina, contribuindo para a redução dos níveis de glicose no sangue. Esse mecanismo leva a uma diminuição da sensação de fome e, consequentemente, a uma redução na ingestão de alimentos e perda de peso.

O Dr. Renato Silveira, nutricionista e influencer, viralizou recentemente por ensinar uma receita saudável que tem os mesmos efeitos do ozempic. 

Receita

Ingredientes:

• 1 banana amassada

• 1 colher de chá de açafrão

• 1/2 limão espremido

Modo de preparo:

Misture todos os ingredientes e consuma imediatamente. Tome 400 ml de água em jejum depois. 

O QUE É “CABEÇA DE OZEMPIC”? SAIBA TUDO SOBRE REMÉDIO PARA EMAGRECER E EFEITOS

Apesar de ser indicado para o tratamento de diabetes tipo 2, remédio é eficaz no emagrecimento, graças à presença da substância semaglutida; saiba mais

Foto: Reprodução/TikTok

Talvez você já tenha ouvido falar de Ozempic, um dos temas mais buscados nas redes sociais. Embora o medicamento tenha sido originalmente desenvolvido para tratar a diabetes tipo 2, tornou-se famoso por promover uma rápida perda de peso.

No entanto, o uso indiscriminado do remédio pode acarretar diversos efeitos colaterais. A popularidade do medicamento tem levado à sua escassez nas farmácias, bem como à preocupação dos especialistas com o uso não regulado. As informações foram divulgadas pelo Mundo Boa Forma, parceiro do R7.

Apesar de ser indicado para o tratamento de diabetes tipo 2, o remédio é eficaz no emagrecimento, graças à presença da substância semaglutida, que também está presente em medicamentos para tratar obesidade.

Por outro lado, esse emagrecimento rápido pode ter consequências, como flacidez e o fenômeno conhecido como “cabeça de Ozempic”, termo que se popularizou recentemente nas redes sociais, sendo um efeito diferente do “rosto de Ozempic”.

AFINAL, O QUE É CABEÇA DE OZEMPIC?

O termo “cabeça de Ozempic” é um suposto efeito colateral que pode surgir do uso indiscriminado ou sem orientação do medicamento, caracterizado pela desproporcionalidade da cabeça em relação ao resto do corpo.

Na realidade, isso está relacionado à perda de massa muscular pelo emagrecimento rápido. Independentemente de ser causado pelo Ozempic ou não, qualquer perda de peso rápida e não monitorada pode resultar nesse efeito de desproporção.

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Essa sensação é comum em casos de grande perda de massa muscular, inclusive entre aqueles que passaram por cirurgia bariátrica, os quais frequentemente relatam uma sensação similar.

Portanto, durante qualquer dieta, é recomendável fazer musculação ou outros exercícios de força para estimular o ganho de massa muscular enquanto ocorre a perda de gordura, ajudando a evitar o efeito “cabeça de Ozempic”.

OZEMPIC NATURAL FUNCIONA? MÉDICA FALA PRÓS, CONTRAS E FEITO; VEJA FÓRMULA

Nas plataformas de mídias sociais como Instagram e Tiktok, o composto à base de plantas conhecido como berberina ganhou destaque entre usuários e influenciadores por supostamente auxiliar na redução de peso.

Foto: Reprodução/Freepik @jcomp

Se seguirmos a orientação dos influenciadores, a berberina pode ser considerada como uma alternativa aos medicamentos populares para emagrecimento, como Ozempic e Wegovy.

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A utilização do composto como suplemento tornou-se tão comum que alguns a apelidaram de “Ozempic Natural”. Apoiado a isso, alguns fabricantes de manipulados estão se aproveitando dessa tendência.

No entanto, Patricia Liu, especialista em Medicina Tradicional Chinesa e fitoterapia, expressa preocupações em relação ao uso desse suplemento não regulamentado.

“O desafio com a berberina e outros suplementos naturais são que eles geralmente não são submetidos a rigorosos ensaios clínicos randomizados, como medicamentos convencionais”, explica a profissional.

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Segundo Patrícia, a planta é utilizada na Ayurveda e na medicina chinesa para tratar uma variedade de condições, como inflamações, feridas, constipação, hemorroidas e infecções em diferentes partes do corpo.

“Além disso, a berberina pode aumentar a produção natural do corpo do GLP-1, um hormônio gastrointestinal semelhante ao glucagon, utilizado em medicamentos como o Ozempic e outros novos tratamentos para perda de peso. No entanto, em termos de benefícios de emagrecimento, esses efeitos são pequenos”, alerta.

Isso não significa que a planta não tenha impacto nos processos metabólicos do corpo. Uma análise de vários estudos sobre a influência da berberina nos fatores de risco cardiovascular, incluindo a obesidade, revelou um modesto benefício na perda de peso.

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No entanto, isso não necessariamente significa que haja relevância clínica, ou seja, resultados relevantes, na prática. Em média, entre os estudos, a redução do índice de massa corporal (IMC) foi de aproximadamente 0,25 em comparação com o grupo controle que recebeu um placebo.

Comparando com Ozempic e Wegovy, que reduziram o IMC em relação ao placebo em aproximadamente 4,61 unidades de IMC, tornando-os cerca de 18 vezes mais eficazes do que a berberina. Portanto, ela tem algum efeito, mas nada significativo.

A especialista destaca ainda possíveis efeitos colaterais da berberina, assim como qualquer outro suplemento, que incluem interações com outros medicamentos, como a metformina, prescrita para pessoas com diabetes e síndrome do ovário policístico, e com a ciclosporina.

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Outra interação conhecida ocorre com medicamentos sedativos, intensificando a sonolência e a respiração lenta. Além disso, não deve ser usada durante a gravidez ou amamentação, e seu uso frequente pode irritar o trato intestinal.

A profissional explica que, certamente, a busca por soluções milagrosas e rápidas é uma tendência comum. “Muitas vezes, as pessoas anseiam por resultados imediatos e fáceis, o que levou à popularização de produtos e práticas que prometem transformações rápidas, como no caso da berberina”, afirma Patrícia.

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Porém, é importante lembrar que abordagens simples e fundamentais, como uma alimentação saudável, a prática de exercícios físicos e uma boa qualidade de sono, são componentes essenciais para manter a saúde e o bem-estar.

“Essas práticas, embora não sejam “milagrosas,” são comprovadas como eficazes para promover uma vida saudável. As mudanças graduais e consistentes no estilo de vida têm um impacto duradouro e benéfico na saúde. Portanto, enquanto em vez de buscar atalhos, é importante reconhecer o valor do simples e constante compromisso com a saúde e o bem-estar”, complementa.

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Além disso, é fundamental compreender que “natural” nem sempre significa “seguro” ou “benéfico.” Muitas substâncias naturais podem ser tóxicas e prejudiciais à saúde. A natureza é repleta de compostos que podem ser venenosos em determinadas concentrações ou contextos.

“Por outro lado, a medicina moderna e os tratamentos farmacêuticos passam por rigorosos testes e regulamentações para garantir sua segurança e eficácia. Portanto, confiar cegamente em produtos rotulados como “naturais” pode ser arriscado, pois esses produtos não passam pelo mesmo escrutínio regulatório”, finaliza Patrícia.

A natureza oferece uma gama diversificada de substâncias, algumas benéficas e outras prejudiciais. Portanto, é crucial avaliar cada substância ou produto individualmente com base em evidências científicas e consultar profissionais de saúde qualificados antes de adotar qualquer tratamento ou suplemento, seja natural ou não.

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Leiri Santana, repórter do Folha Vitória
Leiri Santana Repórter
Repórter
Jornalista pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop). Atua como repórter do Núcleo SEO da Rede Vitória no Folha Vitória.