Número de mortes e casos de meningite cresce no ES; veja quais são os sintomas
Até o último dia 25 deste mês, 105 casos foram confirmados e 28 pessoas morreram em decorrência da doença. No mesmo período de 2021, 83 foram confirmados e 19 pessoas perderam a vida
O Espírito Santo registrou, até o dia 25 desse mês, que corresponde a semana epidemiológica 25 (SE 25), 219 casos suspeitos de meningites, sendo 105 confirmados e 28 óbitos entre viral, bacteriana e fúngica.
No mesmo período do ano passado, ou seja, até a SE 25 de 2021: 209 casos suspeitos foram notificados, sendo 83 confirmados e 19 óbitos registrados entre viral, bacteriana e fúngica. Os dados foram divulgados no Boletim Epidemiológico da secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
A meningite é uma infecção das membranas que recobrem o cérebro, chamadas meninges. A doença é causada por bactérias ou vírus, porém, nem todas são contagiosas ou transmissíveis. Apesar de pessoas de qualquer idade estarem suscetíveis a contrair meningite, crianças menores de 5 anos são as mais atingidas.
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São vários os agentes que levam à doença, porém, em geral, quadros decorrentes de vírus costumam ser menos graves.
Já os quadros decorrentes de bactérias são bastante perigosos e podem levar à morte. Um outro dado importante é o de que pacientes que sobrevivem à infecção bacteriana acabam convivendo com sequelas como paralisa e surdez. A Meningite Meningocócica, por exemplo, é causada pela bactéria meningococo, e é contagiosa.
Alerta para aumento no número de casos
No início do ano, a Sesa divulgou um alerta de que o número de casos de meningite tipo C estava aumentando no Espírito Santo. No dia 7 de fevereiro de 2022, o Centro de Informações Estratégicas e Respostas em Vigilância em Saúde (CIEVS) da Sesa encaminhou às secretarias municipais de saúde, uma nota de alerta à situação epidemiológica da doença.
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O alerta, ocorreu devido à investigação de casos de Meningite Meningocócica C no município de São Roque do Canaã, no norte do Estado.
Ainda de acordo com a Sesa, é realizada a vigilância das meningites. Estratégias de imunização junto aos municípios têm sido intensificadas.
Entre elas, vacinação extramuros nas escolas; busca ativa de não vacinados ou com esquemas vacinais incompletos por meio das equipes de Atenção Primária em Saúde; fortalecimento dos serviços de vigilâncias e de imunização; e capacitação com as vigilâncias epidemiológicas regionais e municipais.
No Brasil, a meningite é considerada endêmica com registros de casos ao longo do ano. As meningites bacterianas são mais comuns nas épocas mais frias do ano, outono e inverno e as virais nas estações mais quentes, primavera e verão.
Conheça os sintomas da meningite
Entre os principais sintomas da doença, estão:
- Febre alta;
- For de cabeça;
- Rigidez de nuca;
- Manchas vinhosas grandes ou pequenas na pele;
- Confusão mental;
- Dor de garganta;
- Vômitos/náuseas (nem sempre, inicialmente);
- Sonolência;
- Dificuldade para acordar;
- Dor nas articulações;
- Falta de apetite.
Prevenção e tratamento
A vacinação é a principal forma de evitar a meningite. Diante dos sintomas, o médico fará uma avaliação, além da análise preliminar de amostras clínicas. Em casos mais graves, o paciente é encaminhado para internação e o tratamento realizado com antibióticos específicos.
SUS oferece 5 tipos de vacina contra as meningites bacterianas
Os imunizantes oferecidos pela Rede Pública Estadual são:
- Vacina meningocócica C: para crianças de até 10 anos de idade que previne doença meningocócica pelo sorogrupo C; Até o dia 30 de junho também estará sendo ofertada de forma temporária para adolescentes de 13 a 19 anos.
- Vacina meningocócica ACWY: para adolescentes de 11 e 12 anos que previne quatro tipos de doença meningocócica pelo sorogrupo A, C, W e Y;
- Vacina pneumocócica 10 valente: para crianças menores de 5 anos que previne meningite pelo pneumococo;
- Vacina pentavalente: para crianças menores de 7 anos que previne meningite pelo Haemophilus influenzae tipo B;
- Vacina BCG: para crianças menores de 5 anos de idade que previne meningite tuberculosa.