Saúde

Sucralose: estudo sugere que adoçante danifica o DNA; entenda

Segundo diretriz da OMS, usar adoçantes no lugar do açúcar com os únicos objetivos de emagrecimento ou evitar uma doença metabólica pode ser um engano

Redação Folha Vitória

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Foto: Reprodução/Freepik - @jcomp

Vira e mexe o assunto adoçantes é fonte de várias buscas e pesquisas na internet. Afinal, são muitas as dúvidas relacionadas ao tema. Inclusive, no último mês de maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou uma diretriz de que as versões artificiais devem ser utilizados apenas por quem já tem diabetes e em quantidades bem pequenas. A sucralose está entre os tipos listados.

"Os estudos apontados pela OMS apontam que o uso de adoçantes sem uma orientação precisa e usado para perda de peso pode não ter o benefício esperado e pode trazer mais malefícios que benefícios", alerta a médica endocrinologista Camila Pitanga Salim.

Nos Estados Unidos, um estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte constatou que uma substância formada na digestão da sucralose é capaz de induzir a alterações no DNA. 

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Publicada no Jornal de Toxicologia e Saúde Ambiental, o estudo apontou que a substância sucralose-6-acetato tem a propriedade de danificar o DNA e pode ser encontrada no adoçante antes mesmo de ser ingerido.

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A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência explicou que essas mudanças do DNA são responsáveis pelo surgimento de cânceres e até mesmo algumas doenças hereditárias. 

Os pesquisadores chegaram a essa conclusão após submeterem células de sangue humano a experimentos in vitro com a sucralose-6-acetato. Foi a partir daí que conseguiram observar que a substância foi capaz de quebrar as células humanas durante os testes.

Vale lembrar que, ainda de acordo com a Organização, usar esses produtos no lugar do açúcar em bebidas e alimentos com os únicos objetivos de emagrecimento ou evitar uma doença metabólica como o Diabetes Mellitus, por exemplo, pode sim ser um engano.

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Então, existe um tipo ideal de adoçante?

É bem provável que você deva estar se perguntando: será que existe algum tipo de adoçante a que se deve dar preferência? A endocrinologista é categórica ao afirmar que não.

"Não existe também uma recomendação precisa. Os adoçantes que não entraram na lista (da OMS), na verdade, não entraram na lista porque não tem estudo suficiente com eles. Por isso ficaram de fora. E não por que são inofensivos".

*Com informações do R7

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