Sobe para 20 número de aves silvestres com gripe aviária no ES
As confirmações de aves infectadas foram nos municípios de Nova Venécia, Linhares, Serra, Vitória, Cariacica, Vila Velha, Guarapari, Piúma, Itapemirim e Marataízes
Subiu para 20 o número de aves silvestres com gripe aviária no Espírito Santo. O monitoramento é do Ministério da Agricultura, do Governo Federal.
As confirmações de aves infectadas pelo vírus H5N1 foram nos municípios de Nova Venécia, Linhares, Serra, Vitória, Cariacica, Vila Velha, Guarapari, Piúma, Itapemirim e Marataízes.
Também há duas investigações em andamento no Estado, sendo uma em Anchieta e um segundo caso suspeito em Nova Venécia. Por conta do risco de contaminação, as ilhas costeiras de Vila Velha e Guarapari tiveram visitação suspensa.
Ao todo, são 30 casos confirmados no país e sete casos seguem com investigação em andamento. Até o momento não houve registro de infecção humana.
* Com informações da TV Vitória | RecordTV
Proibição de acesso a ilhas
O governo do Estado publicou uma edição extraordinária do Diário Oficial do Espírito Santo nesta quinta-feira (08), com uma portaria que proíbe, por tempo indeterminado, o acesso ao Arquipélago das Três Ilhas, que fica localizado na Área de Proteção Ambiental (APA) de Setiba, em Guarapari.
Além do Arquipélago das Três Ilhas, que na verdade é composto por cinco ilhas, apesar do nome, o documento do governo também proíbe o acesso a outras três ilhas que fazem parte da APA de Setiba, totalizando 8 locais cuja entrada está proibida.
De acordo com o texto da portaria, assinada pelo secretário de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Felipe Rigoni (União), a proibição visa ao enfrentamento do avanço da gripe aviária (H5N1) em território capixaba.
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Até o último dia 01, dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) davam conta de 13 casos confirmados de gripe aviária em aves silvestres encontradas no Estado.
Além do Arquipélago das Três Ilhas, o documento o governo também proíbe o acesso a outras três ilhas que fazem parte da APA de Setiba.
As únicas exceções, nos dois casos, é a ida às ilhas para pesquisa científica previamente autorizada ou para monitoramento e fiscalização da área.
O Arquipélago das Três Ilhas, formado pelas seguintes ilhas:
• Quitongo;
• Cambaião;
• Guanchumbas;
• Leste-Oeste;
• Guararema.
Demais ilhas da APA de Setiba:
• Francisco Vaz;
• Toaninha;
• Alacaeira.
Médicos tiram dúvidas
Segundo o Ministério da Saúde, a influenza aviária é uma doença de distribuição mundial, com ciclos pandêmicos ao longo dos anos. A maioria das aves silvestres, principalmente as aquáticas são reservatórios da doença, na maioria das vezes não adoecem, mas disseminam o vírus.
A médica Dra. Martina Zanotti, explicou que, até o momento, só foram identificados casos em aves, não na população em geral. "A transmissão acontece pela via respiratória, por meio de contato com a ave contaminada"
Ela destacou que a gripe aviária pode representar uma séria ameaça à saúde humana. "A infecção pode levar a complicações sérias, como pneumonia, insuficiência respiratória, choque séptico e falência de múltiplos órgãos, e pode ser fatal", explicou a infectologista do Hospital Vitória Apart.
Como é a transmissão da doença?
Já o médico graduado em Medicina Ortomolecular, Dr. Vital Fernandes Araújo, afirma que a transmissão do vírus da gripe aviária de aves para humanos geralmente ocorre por meio de contato direto ou indireto com aves infectadas ou com superfícies contaminadas por suas secreções.
"Isso pode incluir o contato com fezes de aves, secreções nasais ou saliva. Outra forma de transmissão pode ser por meio da inalação de partículas virais presentes no ar, por exemplo, em um ambiente de criação de aves", destacou.
Ele ressalta que, a transmissão de humano para humano do vírus da gripe aviária é muito rara. "Mas existe a preocupação de que o vírus possa, eventualmente, sofrer mutações que permitam a transmissão mais fácil de pessoa para pessoa, os especialistas estão monitorando", ressalta o médico.
Além disso, é importante mencionar que o vírus da gripe aviária não é transmitido por meio do consumo de aves ou ovos devidamente cozidos. "O calor destrói o vírus, por isso, cozinhar completamente aves e ovos é uma forma eficaz de prevenir a infecção", finaliza.