Saúde

Menopausa aumenta riscos de doenças cardiovasculares

Chances de infarto crescem 30% durante o período e cardiologista alerta que problema está ligado aos hormônios

Foto: Divulgação

Muitas mulheres não sabem, mas existe uma estreita relação entre a menopausa e doenças cardíacas, por isso é preciso uma atenção especial ao coração durante este período. Durante a menopausa há um aumento de 30% de casos de infarto. De acordo com o cardiologista José Vitelio, membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia, uma das razões é hormonal.

O estrogênio tem efeito protetor no coração, pois tem função vasodilatadora, facilitando o fluxo sanguíneo, e na menopausa o nível desse hormônio diminui deixando as mulheres mais vulneráveis às doenças cardiovasculares. Outros fatores como diabetes descompensado, sedentarismo, tabagismo, hipertensão arterial e sobrepeso aumentam a incidência dessas doenças.

Atualmente, 30% das pessoas que sofrem infarto são mulheres e se somados problemas cardíacos e cerebrovasculares, o número de mortes chega a ser seis vezes maior que as causadas por câncer de mama. Segundo dados do Ministério da Saúde, as doenças cardiovasculares mais comuns entre mulheres com mais de 50 anos de idade são o infarto do miocárdio e o acidente vascular cerebral (AVC).

“Para evitar o aparecimento de doenças cardiovasculares, as mulheres devem evitar o fumo, o álcool, o sedentarismo, ter uma dieta equilibrada, controlar o peso, ou seja, ter hábitos saudáveis”, explica o médico. 

Após a menopausa, esses cuidados devem continuar e deve ser considerada a possibilidade de realizar terapia de reposição hormonal (TRH) para alívio dos sintomas do climatério, conservação da massa óssea, melhoria do bem-estar e da sexualidade e proteção contra a perda do colágeno. “Porém, esse tratamento deve ser realizado de forma adequada e após avaliação médica individualizada”.

Para prevenção, é importante que mulheres que tenham fatores de risco como diabetes, hipertensão, obesidade, colesterol alto e usem anticoncepcionais, visitem o cardiologista antes dos 30 anos para uma avaliação. Após os 40 anos, o recomendado é que as consultas sejam realizadas anualmente. “Pacientes que praticam atividades físicas intensas devem ir ao cardiologista de 6 em 6 meses e, independente, da idade é importante procurar o cardiologista caso a paciente observe alguns sintomas como: falta de ar ao mínimo esforço, desmaios e dor no peito durante atividade física.