Saúde

No ES, baixa procura por segunda dose de vacina é motivada por medo de reações adversas

Apesar do medo, o secretário afirmou que os registros de eventos adversos depois da primeira dose da vacina são muito menores

Bianca Santana Vailant

Redação Folha Vitória
Foto: Foto: Shutterstock

Medo de efeitos colaterais das vacinas afasta capixabas da segunda dose dos imunizantes. A afirmação foi feita pelo secretário estadual de saúde, Nésio Fernandes, durante uma entrevista exclusiva para o jornal online Folha Vitória nesta quinta-feira (22). De acordo com informações da Secretaria de Estado de Saúde, mais de 60 mil pessoas ainda não completaram o esquema vacinal contra a covid-19. 

"As pessoas falam 'ah, eu tomei avacina e me senti mla depois, tive um mal estar no corpo, tive sintomas de gripe, parece que fiquei doente'. As pessoas ficam com esse mito de que a vacina as deixou doente e ficam com medo da segunda dose", afirmou o secretário. 

Apesar do medo, o secretário afirmou que os registros de eventos adversos depois da primeira dose da vacina são muito menores. 

"Os efeitos colaterais na segunda dose são menos frequentes que na primeira, o corpo já está preparado. Na segunda dose o risco é infinitamente menor de causar reações adversas", disse. 

Nésio reforçou a importância de completar o esquema vacinal e destacou que o medo não pode atrapalhar a imunização. "A população precisa entender que esse medo não deve ser um impeditivo para que toda a população colabore para a proteção própria e a proteção coletiva", afirmou. 

Completar o esquema vacinal é fundamental para conter a pandemia

De acordo com a secretaria estadual de saúde, desde o início da imunização no Espírito Santo, 60.577 mil capixabas não retornaram ao serviço de saúde para receber a segunda dose. Deste total, 34.608 são referentes à AstraZeneca e 25.969 à Coronavac.

"Se eu tenho um percentual importante da população que não completa o esquema, eu estou prejudicando a possibilidade da sociedade inteira controlar a situação do vírus", afirmou o secretário de saúde. 

Esse levantamento data dos esquemas superiores a 85 dias AstraZeneca, de cidadãos que receberam a primeira dose de janeiro até o dia 27 de abril e acima dos 29 dias para Coronavac daqueles que receberam a primeira dose entre janeiro e 22 de junho.

Ainda na entrevista concedid ao jornal online Folha Vitória, Nésio reforçou que completar a imunização é importante para garantir a própria saúde e também a saúde do outro. 

"Quem não competar o esquema está individualmente menos protegido, stá protegido com uma dose, mas está menos protegido porque não completou as duas doses, e essas pessoas não estão contribuindo para o resultado coletivo", finalizou. 


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