Saúde

Variante Delta pode ter circulação comunitária no ES, diz secretário

De acordo com o secretário, apesar de os resultados dos testes enviados à Fiocruz ainda não terem sido divulgados, é possível considerar a circulação da variante em território capixaba

Bianca Santana Vailant

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação

Pelo menos 10 variantes do novo coronavírus circulam no Espírito Santo. Apesar do predomínio da Alpha, Gamma e Zeta, o secretário estadual de saúde, Nésio Fernandes, disse que "há forte indício de que a variante Delta também esteja circulando no Estado". A afirmação foi feita durante uma entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (26).

De acordo com o secretário, apesar de os resultados dos testes enviados à Fiocruz ainda não terem sido divulgados, é possível considerar a circulação da variante em território capixaba. 

"Nós já identificamos a variante Delta em vários estados vizinhos, e existe uma circulação plena, livre, sem o devido controle dos aeroportos, sem uma estratégia nacional robusta de testagem em massa. Por issoé muito factível que a variante delta já tenha circulação comunitária no Estado", explicou Nésio.

Diante desse cenário, o secretário considera que a confirmação é uma questão de tempo. "Nós consideramos que é uma questão de dias para que a Fiocruz confirme, entre as diversas amostras já enviadas para o Ministério da Saúde, que a variante Delta já circula no Espírito Santo"

ES enviou amostras de todas as regiões do Estado para identicar novas variantes; Resultado sai em até 60 dias

Para identificar as variantes, é necessário mandar as amostras coletadas para a Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro.

"Nós mandamos para a Fiocruz todos os casos de Viana que alcançam os requisitos para sequenciamento, também são enviados os casos relacionados a ´´obitos, e os casos que possuem algumas expressões de ramificação dos genes diferentes. Quando existe uma carga viral desproporcional à encontrada cotidianamente, algumas características que o nosso Lacen identifica, essas amostras também são classificadas para envio à Fiocruz. As amostras das unidades sentinelas também continuam sendo envidas dentro da rotina no Programa Nacional", explicou Nésio.

Como dependem da demanda ser analizada pela Fiocruz, as repostas podem demorar para ser divulgadas. "Os resultados demoram de 30 a 60 dias para saírem, alguns casos demoraram um ano, mas a Fiocruz tá indo melhor na velocidade. Até agora nenhum caso confirmado da Delta no Estado", finalizou. 

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Diferentes variantes, mesmo vírus, riscos maiores. Entenda

O secretário estadual de saúde, Nésio Fernandes, reforçou que apesar de serem diferentes, as variantes são mutações do mesmo vírus. 

"Todas elas se tratam da mesma doença e do mesmo vírus, no entanto, algumas variantes de preocupação como a Gama e a Delta, implicam em riscos maiores para o controle da pandemia, principalmente dados as suas características de alta transmissibilidade e a característica da variante Gama em infectar jovens que ainnda não foram imunizados", explicou. 

De acordo com o secretário, o grande perigo que as novas variantes - como o caso da Delta - impõe é o fato de serem mais transmissíveis. Esse fato pode ser considerado ainda mais grave diante do não cumprimento das medidas de distanciamento e higiene estabelecidas. 

 "Ela tem uma transmissibilidade mais alta que as demais, de maneira que o comportamento inadequado e desrespeito aos protocolos, nós podemos comprometer as conquistas dessa fase de recuperação", finalizou.

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