As mulheres passam por várias mudanças hormonais ao longo da vida, uma das mais significativas é a menopausa. Enquanto para algumas é um processo natural, para outras pode ocorrer precocemente, trazendo desafios físicos e emocionais.
O que é menopausa precoce?
De acordo com Sérgio Podgaec, ginecologista e obstetra do Hospital Israelita Albert Einstein, a menopausa ocorre quando a menstruação cessa definitivamente, geralmente entre 45 e 50 anos.
“Quando isso acontece antes dos 40 anos, chamamos de menopausa precoce”, explica Podgaec. Fatores genéticos, doenças autoimunes, tratamentos agressivos como quimioterapia e radioterapia, e a remoção cirúrgica dos ovários podem causar essa condição.
Sintomas da menopausa precoce
– Alterações no Ciclo Menstrual
O principal sintoma é a alteração no padrão menstrual, com ciclos mais espaçados e menor quantidade de sangramento até a ausência completa da menstruação.
– Sintomas de Deficiência Hormonal
A diminuição da produção de hormônios femininos, como o estrogênio, leva a sintomas como ondas de calor, sudorese noturna, variações de humor, distúrbios do sono, e redução da densidade óssea, podendo resultar em osteoporose.
– Impacto na Fertilidade e Vida Sexual
A infertilidade é um impacto significativo, pois a ausência de ovulação impede a fecundação. Além disso, o ressecamento vaginal e a atrofia podem afetar a intimidade e o bem-estar sexual, reduzindo a qualidade de vida e podendo causar ansiedade e depressão.
Diagnóstico da menopausa precoce
O diagnóstico é feito clinicamente e confirmado com exames laboratoriais que medem os níveis de FSH, LH e estradiol.
Na menopausa precoce, os níveis de estrogênio são baixos e os de FSH são elevados. A avaliação da reserva ovariana e o aconselhamento genético também podem ser necessários.
Tratamentos disponíveis
Terapia hormonal
O tratamento inclui a terapia com estrogênio para diminuir os riscos de osteoporose, doenças cardiovasculares, atrofia vaginal e promover a saúde sexual. Para mulheres com útero, é necessário adicionar progesterona.
Alternativas ao estrogênio
Para pacientes com contraindicações ao uso de estrogênio, existem opções terapêuticas alternativas, como medicamentos de ação central e fitoterápicos. Cada tratamento deve ser individualizado, considerando as necessidades e condições específicas da paciente.
Intervenções complementares
Além das terapias de reposição hormonal, outras medidas incluem intervenções nutricionais, prática de atividade física e acompanhamento terapêutico para melhorar a qualidade de vida.
Prevenção
Embora não existam métodos específicos para prevenir a menopausa precoce, um estilo de vida saudável pode ajudar. Isso inclui alimentação equilibrada, prática regular de atividade física e evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool.
*Com informações do Estadão Conteúdo.
Este conteúdo foi produzido com o auxílio de ferramenta de Inteligência Artificial e revisado por editor do jornal.