Saúde

Minoxidil e calvície: esse remédio realmente combate a queda de cabelo? Especialistas avaliam

Descubra se o minoxidil é eficaz no tratamento da calvície, seus potenciais efeitos colaterais e o debate entre especialistas sobre seu uso oral

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Freepik

Medicamento desenvolvido originalmente na década de 1970 para tratar a hipertensão arterial, o minoxidil rapidamente ganhou popularidade devido ao seu efeito colateral inesperado: a hipertricose, ou crescimento excessivo de pelos.

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Segundo o cardiologista Nathan Soubihe Jr., do Hospital do Coração (Hcor) em São Paulo, cerca de 15% dos usuários desenvolvem esse sintoma. Esse fenômeno levou o minoxidil a ser considerado um aliado no combate à alopecia androgenética (AAG), conhecida popularmente como calvície.

Embora a aplicação tópica do minoxidil, como em loções, seja amplamente aceita como segura e eficaz para tratar a alopecia, o uso oral do medicamento tem gerado controvérsias. Alguns especialistas alertam para potenciais efeitos colaterais além do crescimento capilar.

A Sociedade Brasileira de Tricologia (SBTri) desaconselha categoricamente o uso oral do minoxidil para a calvície, enfatizando os riscos associados. Em contrapartida, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) defende seu uso criterioso, muitas vezes combinado com outras abordagens terapêuticas.

Efeitos Colaterais e considerações médicas

O principal efeito colateral do minoxidil, conforme Nathan Soubihe Jr., é o crescimento excessivo de pelos. Efeitos menos comuns incluem tontura, edema e taquicardia, este último ocorrendo em menos de 1% dos casos. Complicações graves, como pericardite, são extremamente raras.

A dermatologista Fabiane Brenner, da SBD, recomenda doses mínimas de minoxidil oral (0,5 a 5 mg) para minimizar riscos, destacando que efeitos colaterais como pressão baixa e inchaço podem ocorrer especialmente nos primeiros meses de tratamento.

Luciano Barsanti, presidente da SBTri, expressa forte resistência ao uso oral do minoxidil, citando relatos de pacientes com efeitos colaterais severos como desmaios e alterações cardíacas. Ele reforça a importância do acompanhamento médico para evitar complicações graves.

Embora eficaz no prolongamento do ciclo de crescimento capilar, o minoxidil não oferece uma cura definitiva para a calvície. Segundo a dermatologista Leila Bloch, da SBD, interromper o tratamento pode levar à retomada da queda capilar. Resultados visíveis geralmente são observados após três meses de uso, variando de pessoa para pessoa.

Francisco Le Voci, do Hospital Sírio-Libanês, recomenda um acompanhamento regular para ajustar o tratamento conforme a resposta do paciente e sugere combinações terapêuticas para otimizar os resultados.

Contraindicações 

Leila Bloch alerta para contraindicações do uso tópico do minoxidil em pessoas sensíveis aos seus componentes. Já o uso oral deve ser evitado por indivíduos com histórico cardíaco ou hepático, além de gestantes e pessoas com feridas no couro cabeludo.

Embora seu mecanismo exato de ação ainda não seja completamente compreendido, estudos sugerem que o minoxidil pode atuar diretamente nos folículos capilares, prolongando sua fase de crescimento e aumentando a densidade capilar.

*Com informações do Estadão Conteúdo

Este conteúdo foi produzido com o auxílio de ferramenta de Inteligência Artificial e revisado por editor do jornal.

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