Desde o início da pandemia, pelo menos a metade dos capixabas pode ter tido contato com o novo coronavírus. A afirmação foi feita pelo secretário estadual de saúde, Nésio Fernandes, durante uma entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (23).
“Neste momento, nós estimamos que aproximadamente de 50% da população já pode ter tido contato com o vírus. Considerando a letalidade corrigida e alguns estudos que vem apontando a possibilidade de que no contexto brasileiro, onde uma estratégia de imunidade de rebanho foi adotada – a qual nos como gestão estadual tentamos mitigar os seus resultados – ela de fato expos ampla margem da população ao contágio da doença”, disse.
Ainda de acordo com Nésio, os números da cobertura vacinal do Espírito Santo são animadores. “Neste momento, o ES alcançou mais de 81% de cobertura com a primeira dose das vacinas disponíveis pelo PNI contra a covid-19. Nós temos características imunológicas na população que são diferentes da população de países que adotaram medidas adequadas”, afirmou.
Nésio disse ainda que o perfil de imunização dos brasileiros, em especial dos capixabas, é diferente de outros.
“Nós tivemos uma grande quantidade de mortos e, neste momento, grande parte da população já teve algum tipo de contato com o vírus. Além disso, com o avanço da vacinação, e já com 81% da população alcançada com a primeira dose, nós de fato temos características imunológicas protetoras na população diferente de outros países do mundo”, concluiu.
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ES não deverá adotar amplas medidas de restrições de atividades econômicas e sociais
Durante a entrevista coletiva, o secretário de saúde disse que diante do cenário atual, o estado avalia que medidas maiores e mais abrangentes não deverão ser adotadas, nesse momento.
“Entendemos que algumas medidas vinculadas as atividades de entretenimento, principalmente , podem ser adotadas nas próximas semanas dependendo do comportamento sustentado do crescimento no número de casos”.
“Vamos insistir e apostar em estratégias e protocolos que reconheçam o grau de proteção das vacinas na população e, de modo que as atividades que tenham a participação de pessoas imunizadas possam ser privilegiadas nas medidas qualificadas nos próximos períodos”.
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