Saúde

Varíola dos macacos: laboratórios públicos terão testes até o fim do mês, diz ministro da Saúde

Atualmente, somente quatro estabelecimentos públicos fazem o exame: dois no Rio de Janeiro, um em São Paulo e um em Minas Gerais

Foto: governo do ES
Laboratório Central de Saúde Pública do ES, aguarda a chegada dos insumos por parte do Ministério da Saúde para dar início aos testes

O Brasil soma quase 3.000 pessoas infectadas com a monkeypox (varíola dos macacos). No Espírito Santo, até a quinta-feira (11), 7 pessoas positivaram para a doença. Além disso, 82 notificações foram registradas. Desse total, 52 casos suspeitos seguem em investigação. Outros 25 foram descartados. 

De acordo com o boletim da secretaria de Estado da Saúde (Sesa), os pacientes são todos do sexo masculino: quatro têm entre 30 e 39 anos de idade, um tem entre 20 e 29 anos, um entre 40 e 49 anos e outro entre 60 e 69 anos. São moradores de Guarapari (2), Vila Velha (2) e Vitória (3).

Diante do aumento de casos no país, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse na última sexta-feira (12), que até fim de agosto o Brasil será capaz de chegar ao diagnóstico da doença em todos os laboratórios centrais de saúde pública (Lacens). Até o momento, apenas quatro laboratórios realizam o diagnóstico da doença. São eles: Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Minas Gerais, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Laboratório da UFRJ, no Rio de Janeiro. Por conta disso, os resultados dos exames acabam sendo mais demorados. 

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Ainda na semana passada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que recebeu solicitações de registro de seis kits para diagnóstico de varíola dos macacos. As análises dos pedidos já começaram.

Como prevenir a monkeypox

Além do isolamento tanto para casos leves, feito em casa, quanto para os casos mais graves (hospitalar), algumas medidas são necessárias para evitar a contaminação pelo vírus que provoca a varíola dos macacos. Veja só:

– Evitar contato próximo com casos suspeitos e/ou confirmados, como toques e beijos, especialmente daqueles que estejam com sintomas visíveis;

– Manter superfícies limpas;

– Higienização constante das mãos;

– Uso de máscara caso for preciso estar próximo de casos suspeitos e/ou confirmados, como utilizar o mesmo cômodo;

Isolamento deve ser maior que o determinado para a covid-19

Na última nota técnica publicada no início do mês de agosto pela Sesa, o tempo de isolamento para quem for diagnosticado com a varíola dos macacos ou estiver com suspeita da doença, é de no mínimo 21 dias. O período é maior que o determinado para pessoas que testam positivo para a covid-19.

Autoridades chamam a doença de monkeypox

Por orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), as autoridades estão chamando a doença de monkeypox. O termo em inglês é para evitar ligar os macacos à varíola. 

Em São Paulo, sete animais foram mortos com sinais de intoxicação. É importante lembrar que os animais não transmitem a doença. O que causa a doença é um vírus, e assim como na covid-19, a transmissão é fácil.

*Com informações portal R7