Saúde

Câncer de pulmão que matou atriz Aracy Balabanian é o 5º mais letal do país

A artista foi diagnosticada com a doença no fim do ano passado, estava internada para tratar o tumor, mas não resistiu e morreu nesta segunda-feira (7)

Foto: Instagram/ @fcaracybalabanian

A atriz Aracy Balabanian morreu aos 83 anos, nesta segunda-feira (7), no bairro da Gávea, localizado no Rio de Janeiro. A artista foi diagnosticada com câncer de pulmão no fim do ano passado, estava internada para tratar o tumor, mas não resistiu.

Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) mostram que, o câncer de pulmão é o quinto mais letal no país, sendo responsável por 4,6% dos casos registrados. Ele está apenas atrás dos casos de: pele não melanoma (31,3% do total de casos), seguido pelos de mama feminina (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%).

>> Quer receber nossas notícias 100% gratuitas? Participe da nossa comunidade no WhatsApp ou entre no nosso canal do Telegram!

Segundo a médica oncologista Juliana Alvarenga Rocha, o câncer de pulmão é um tumor maligno que se desenvolve a partir das células que revestem os brônquios e partes do pulmão, como os bronquíolos e alvéolos. 

“Existem dois principais tipos: o câncer de pulmão de não pequenas células e o câncer de pulmão de pequenas células. Entre 80% e 85% dos cânceres de pulmão são de não pequenas células”, esclarece Juliana. 

Conforme a especialista, o câncer de pulmão de não pequenas células, dependendo do tipo celular do qual se originou, possui dois subgrupos principais: adenocarcinoma e carcinoma espinocelular. 

Causas do câncer de pulmão

A médica oncologista Caroline Secatto destaca que, entre as principais causas do câncer de pulmão, estão o tabagismo e a exposição passiva ao tabaco. “É um câncer muito letal, e a sua principal causa é evitável, entretanto, temos casos em pacientes que não são tabagistas”. 

Entretanto, a especialista também ressalta que estudos mais recentes demonstram que outros fatores estão relacionados com a doença. 

“Entre algumas causas estão o fumo passivo, poluição do ar ou outros fatores como escapes de motores a diesel”. 

Sintomas do câncer de pulmão

As especialistas destacam que, entre os principais sintomas, estão: 

– Tosse prolongada (por mais de 2 meses);
– Dor no tórax sem causa aparente; 
– Infecção pulmonar; 
– Escarro com presença de sangue; 
– Falta de ar persistente ou acentuação da falta de ar; 
– Chiado no peito de início recente
– Além de perda de peso e falta de apetite.

Como é realizado o diagnóstico do câncer?

Segundo as médicas Juliana e Caroline, o diagnóstico do câncer de pulmão é dado inicialmente por um exame de imagem, onde o paciente vai até o consultório com uma queixa, sendo visualizado se possui alterações. 

“Após, o paciente seguirá para uma biópsia, com coleta de material para estudo anatomopatológico, que pode ser realizada por meio de broncoscopia, punção transtorácica ou biópsia aberta, conforme a avaliação do médico”, explica. 

Além disso, a partir do diagnóstico, é possível saber se o câncer está localizado ou se possui algum tipo de metástase e a partir disso, qual será o melhor tratamento necessário para a doença. 

Quais as opções de tratamento da doença? 

Entre os principais tratamentos da doença, segundo a médica Juliana, eles serão indicados conforme o tipo de tumor e extensão da doença. 

“Contamos com quimioterapia junto à imunoterapia, cirurgia aberta, por videolaparoscopia ou robótica, quimioterapia, imunoterapia e terapia-alvo adjuvantes, quimioterapia concomitante a radioterapia seguida de manutenção imunoterapia”, descreve a especialista. 

Entretanto, ela também destaca que, caso a doença esteja em metástase, ou seja, quando o câncer se dissemina além do local onde começou, existem as terapias-alvo, imunoterapia isolada ou junto à quimioterapia e radioterapia. 

Algumas recomendações

As especialistas também recomendam que pacientes tabagistas ou ex-tabagistas realizem um raio-x do pulmão, além de consultas de acompanhamento e exames periódicos para saber como estão as condições do órgão. “Além disso, consultas com pneumologistas também são essenciais”. 

LEIA TAMBÉM: Número de micro e pequenas empresas na área de saúde cresceu mais de 80% em 5 anos no ES

Repórter do Folha Vitória, Maria Clara de Mello Leitão
Maria Clara Leitão Produtor Web
Produtor Web
Formada em jornalismo pelo Centro Universitário Faesa e, desde 2022, atua no jornal online Folha Vitória