Saúde

ELA: veja sintomas da doença que matou o namorado de Sandra Bullock

A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença degenerativa que, até hoje, não tem cura; entenda sinais que o corpo dá, sintomas e como é feito o tratamento

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: RecordTV/Reprodução

Bryan Randall, namorado de Sandra Bullock, morreu no dia 5 de agosto de 2023 após uma luta de três anos contra a esclerose lateral amiotrófica (ELA). A perda comoveu as pessoas nas redes sociais, que comentaram sobre a doença cruel.

De acordo com Drauzio Varella, a esclerose lateral amiotrófica é provocada pela degeneração progressiva no primeiro neurônio motor superior no cérebro e no segundo neurônio motor inferior na medula espinhal.

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Esses neurônios são células nervosas especializadas que, ao perderem a capacidade de transmitir os impulsos nervosos, dão origem à doença rara. São registrados um ou dois casos em cada cem mil pessoas por ano, no mundo.

Consequentemente, segundo a Pfizer, a pessoa sofre uma paralisia gradual, que compromete a capacidade de falar, realizar movimentos, engolir e até mesmo respirar.

Até o momento, não existe uma cura definitiva para a ELA, entretanto, há tratamentos disponíveis que podem diminuir a progressão da doença e proporcionar uma melhor qualidade de vida aos pacientes.

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Também não se conhece a causa específica para a esclerose lateral amiotrófica. De acordo com Drauzio, "a utilização excessiva da musculatura favorece o mecanismo de degeneração da via motora".

Estudos recentes em ratos indicam que a ausência de uma proteína chamada parvalbumina pode estar relacionada com a falência celular característica da ELA, que acomete mais os homens do que as mulheres.

A Pfizer explica que, na maioria das vezes, os sintomas da esclerose lateral amiotrófica aparecem entre os 55 e 75 anos de idade, mas há casos em que eles surgem em pessoas mais jovens.

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Apesar das limitações progressivas impostas pela evolução da doença, o paciente costuma ser uma pessoa dócil, amorosa, alegre, que preserva a capacidade intelectual e cognitiva e raramente fica deprimida.

Outra causa provável é que dieta rica em glutamato seja responsável pela doença em pessoas predispostas. Existem dois tipos da doença, segundo a Pfizer.

TIPOS E SINTOMAS

Esporádico: considerado o mais comum, responde por cerca de 90% a 95% dos casos. Eles são aleatórios, ou seja, não têm causa conhecida.

Familiar: ao contrário do esporádico, esse tipo está associado ao histórico familiar, ou seja, a doença é hereditária.

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A ELA também recebe o nome de Lou Gehrig, em referência a um jogador de beisebol que faleceu em decorrência da doença.

TODOS OS SINTOMAS

De acordo com a Pfizer, cerca de 10% dos casos de esclerose lateral amiotrófica estão atrelados à genética. Nos demais casos, as causas são desconhecidas, mas alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolver a doença:

Idade: a doença é mais comum em pessoas entre os 55 e 75 anos de idade;

Tabagismo: alguns estudos apontam que fumar pode ser um fator de risco ambiental para ELA, sendo mais nocivo entre mulheres na menopausa;

Exposição a produtos químicos: o chumbo e outras substâncias tóxicas podem ser fator de risco, mas não há conclusões consistentes sobre essa relação.

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Drauzio Varella afirma que o principal sintoma é a fraqueza muscular, acompanhada de endurecimento dos músculos (esclerose), inicialmente num dos lados do corpo (lateral) e atrofia muscular (amiotrófica).

Mas, segundo o médico, existem outros como câimbras, tremor muscular, reflexos vivos, espasmos e perda da sensibilidade.

Para a Pfizer, os sinais e sintomas da esclerose lateral amiotrófica começam de forma bem sutil e, por isso, é comum que sejam negligenciados em um primeiro momento. Esses sinais de alerta incluem:

- Fala anasalada e arrastada;
- Dificuldade para mastigar ou engolir;
- Contrações musculares nas pernas, braços, ombro ou língua;
- Câimbras musculares;
- Músculos tensos e rígidos (espasticidade);
- Fraqueza muscular em algum dos membros, pescoço ou no diafragma.

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Ainda segundo informações da Pfizer, pessoas com ELA não perdem a capacidade de raciocínio e memória. O diagnóstico é feito pelo médico, que inicialmente avalia os sintomas apresentados e realiza um exame clínico. Essa análise pode revelar deficiências físicas e evidenciar sinais da doença.

Para confirmar o diagnóstico, o especialista pode solicitar exames como:

Eletromiografia (EMG): exame que identifica a atividade elétrica das fibras musculares;

Estudo de condução nervosa (NCS): mede a atividade elétrica de nervos e músculos para conferir a capacidade de comunicação entre eles;

Ressonância magnética (RM): exame capaz de produzir imagens detalhadas do cérebro e da medula espinhal.

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Para fechar o diagnóstico, de acordo com a Pfizer, os médicos também costumam solicitar uma biópsia muscular, para descartar outras doenças nos músculos que possuem sintomas semelhantes.

No entanto, Drauzio Varella afirma a doença é de difícil diagnóstico. Em grande parte dos casos, o paciente passa por quatro, cinco médicos num ano, antes de fechar o diagnóstico e iniciar o tratamento.

COMO É O TRATAMENTO DA ESCLEROSE "ELA"

O tratamento é conduzido de forma multidisciplinar e supervisionado por um médico, segundo Varella. Isso envolve a colaboração de fonoaudiólogos, fisioterapeutas e nutricionistas para proporcionar uma abordagem abrangente.

A Pfizer explica que existem medicamentos que são capazes de diminuir a velocidade de progressão da doença e prolongar a vida do paciente.

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