Saúde

Faustão: médica do ES explica como é feito transplante de coração

O apresentador, de 73 anos, foi internado no início de agosto com insuficiência cardíaca. Quadro agravou e médicos indicaram procedimento emergencial

Ana Carolina Monteiro

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução/Band

Internado em um hospital na capital paulista desde o dia 5 deste mês com um quadro de insuficiência cardíaca, o apresentador Faustão segue sob cuidados intensivos enquanto aguarda por um transplante de coração. A informação foi divulgada neste domingo (20) pelo Hospital Israelita Albert Einstein.

Para manter a capacidade de bombeamento do coração, Fausto Silva tem feito o uso de medicamentos além de ser submetido à diálise (processo para filtrar o sangue). 

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Tatiane Emerich, médica cardiologista, explica que o transplante é indicado nos casos em que não há resposta ao tratamento. 

"O transplante é indicado quando a insuficiência cardíaca é avançada com falência do tratamento clínico ou não há outra cirurgia indicada para tratamento como uma revascularização miocárdica". 

Enquanto o paciente aguarda na fila, recebe medicações venosas como a dobutamina, por exemplo, que aumentam a força de bombeamento do coração. Em alguns casos pode ser necessário adotar dispositivos de assistência circulatória que são implantados para substituir a função do coração.

Na sexta-feira (18), João Gilherme Silva publicou em sua rede social um  vídeo do pai. "(...) Peço que quem gosta de mim reze por mim. Agora, eu tenho muita noção que eu tenho uma família maravilhosa, uma mulher extraordinária, e tudo isso quem decide é o chefe lá de cima".

Espera pelo transplante de coração

O tempo em que um paciente aguenta esperar pelo transplante de coração costuma ter variações.  

"Não é possível determinar o tempo de espera porque depende da gravidade da doença, além da resposta às terapias implantadas que podem dar suporte por meses", ressalta a especialista da Unimed Vitória.

A cirurgia para implantar o novo órgão no receptor dura, em média, cerca de 4 horas. Porém, é importante lembrar que ao levar em consideração todo o procedimento que envolve um transplante de coração, esse tempo chega a 8 e até 12 horas, lembra Tatiane.

Logo após a cirurgia, o paciente deve ser monitorado de perto em uma Unidade de Tratamento Intensivo onde a resposta do novo coração é avaliada criteriosamente. O objetivo é  controlar possíveis complicações. 

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Já a recuperação completa de um transplantado leva vários meses. Durante esse período, o paciente recebe medicações, tem a dieta ajustada e exercícios são indicados. " 70% dos transplantados cardíacos estão vivos após 10 anos, é uma mudança na expectativa de vida importante num paciente portador de doença tão grave", finaliza a cardiologista.

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