Saúde

Viralizou: vídeo de fisioterapeuta mostra jeito certo de limpar ânus

Segundo ela, resumo de hábito de higiene pessoal pode mudar a vida de uma pessoa e evitar doenças como sangramento, hemorroida e fístula anal; veja tudo e o que fazer

Redação Folha Vitória

Foto: Reprodução/ Freepik

Por ser um tema rodeado de tabus e considerado constrangedor por muitos, há ainda diversos mitos e desinformações acerca da higiene do ânus. 

Com este pensamento em mente, a fisioterapeuta pélvica Camila Gutz viralizou nas redes sociais em meados do ano passado ao compartilhar o modo correto de limpar a região íntima. 

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Ao todo, o vídeo conta com mais de 1 milhão de visualizações e curtidas. 

Internautas reagiram com espanto às dicas, as quais são raramente divulgadas ou tópicos de conversas. 

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JEITO CERTO

Durante a gravação, a especialista explicou que o método para limpar o ânus com mais eficiência é, na verdade, o mais simples. O importante é realizar a higienização de forma mais cuidadosa e detalhada, evitando a limpeza superficial.

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Para isso, é preciso afastar as nádegas. Ao “abrir” o bumbum, a pessoa deve passar um dos dedos ao redor das “preguinhas” esticadas. Assim, todas as impurezas irão sair. 

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Durante as imagens, Camila ainda afirma que, ao seguir esses passos, o cheiro na região será melhor, sendo mais eficiente do que “só pegar o sabonete e passar a mão mais ou menos”.

Ao final do processo, a profissional destacou que, ao final da higienização no banho, é preciso secar toda a região com a ponta da toalha, de modo a evitar o fedor na área. "Vai encostar bunda com bunda e, se estiver molhado, vai feder depois", comentou. 

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VÍDEO

PAPEL HIGIÊNICO

Em entrevista ao "VivaBem", do Uol, a coloproctologista mestre em Ciências da Cirurgia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Larissa Berbert confirmou a eficácia da ação. 

“Muitas pessoas têm receio de se tocar e a higiene deve ser feita. O banho é o melhor momento, tem água limpa. Muita gente não limpa com cuidado, tem tabu, mas é o nosso corpo", disse. 

Fora do banho, a especialista aconselhou a evitar o uso de papel higiênico quando possível, pois o tecido não consegue retirar todos os resíduos, resultando em restos de fezes na região.

Além de serem irritativos à pele, estes restos de coliformes fecais também pioraram os sintomas de alguns problemas na região, como fissuras e hemorroidas. Em contato com a vagina, os restos de fezes podem causar infecções urinárias.

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“O que falamos é sempre lavar com água, sabonete, deixar bem sequinho sem usar papel higiênico, porque é uma pele muito sensível. Pode dar dermatite, maior inflamação da hemorroida, aumentar o risco de sangramento”, destacou.

Ainda ao Uol, Larissa afirmou que optar pela utilização dos lenços umedecidos pode melhorar a higiene do ânus. No entanto, os lenços acompanhados de muitas fragrâncias devem ser evitados por pessoas alérgicas.

Para a higienização, o uso do papel higiênico um pouco molhado pode também ser uma boa opção para reduzir o atrito com a pele sensível da região. 

"Papel higiênico umedecido é melhor para tirar resíduos microscópicos. O ânus é uma região com muitas pelinhas e a higiene fica melhor e com menos trauma do que com ele seco", contou.

PROBLEMA DE SAÚDE E DOENÇA?

Por fim, a especialista indica que a falta ou má higiene na área do ânus possui consequências perigosas, podendo causar problemas crônicos. Entre as complicações estão dermatites intensas, problema no qual as feridas aumentam conforme há mais coceira. 

Além disso, a higiene precária dificulta também a identificação de feridas ou lesões mais graves, como cânceres na região.

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FAZ MAL?

Durante o inverno, as temperaturas mais baixas no Espírito Santo parecem gerar uma preguiça nos capixabas, principalmente quando se trata da hora de tomar banho. E, agora é que vem a dúvida: afinal, será que faz mal dormir sem banho?

Fato é que muitas pessoas diminuem a frequência de banhos nesses períodos de temperaturas mais amenas, mas essa atitude de higiene questionável e duvidosa pode acabar é prejudicar a saúde.

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Em entrevista ao ND+, a dermatologista Ariel Cordova Rosa explica os riscos que a falta de cuidados com a higiene pessoal pode trazer, principalmente, para a pele.

De acordo com a especialista, a ausência do banho pode ser, sim, prejudicial.

"Não podemos exagerar no banho, mas a falta dele também traz alguns resultados negativos", reitera.

Para ela, é importante considerar os efeitos da higiene na saúde da pele na hora de decidir a ação de tomar ou não banho. Por isso, a médica ainda esclarece que a pele naturalmente produz sebo, que é uma parte da oleosidade, porque é considerado um sistema em constante mudança. Essa produção precisa, digamos, ser "renovada" e estimulada.

A pele se renova incansavelmente, ou seja, novas células são produzidas e substituem as antigas. Sem tomar banho, pode ser que isso não aconteça da forma como deveria.

“De modo geral, a gente não percebe isso que a gente chamaria de descamação da pele, por quê? Porque esse ciclo acontece de uma maneira regular", fala.

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A dermatologista também analisa que o acúmulo de células mortas e oleosidade pode favorecer o aumento de microrganismos na pele, levando até ao mau cheiro.

Ela destaca que o odor que se manifesta quando alguém não toma banho por um tempo é causado pela combinação desses fatores e pode se tornar um problema, especialmente em ambientes de trabalho.

De acordo com Ariel, existem algumas doenças que podem causar um cheiro mais forte na pele. Elas favorecem a proliferação desses microrganismos, independentemente da higiene pessoal. A questão é que não ter atenção aos cuidados necessários também pode potencializar esse fator.

“Então, muito cuidado para não julgar as pessoas", brinca. "Por outro lado, sim, a questão de não tomar banho é uma das coisas que propicia isso”, contrapõe.

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