Saúde

Qual a causa do autismo? Cientistas podem ter feito nova descoberta; veja

Pesquisa recente sugere avanços na compreensão do autismo, trazendo novas perspectivas sobre suas causas e implicações

Redação Folha Vitória

Foto: Reprodução / Divulgação

O autismo, ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), tem sido objeto de estudo intensivo ao longo das últimas décadas. 

Apesar de avanços significativos, as causas exatas do autismo permanecem em grande parte desconhecidas, sendo um campo de investigação repleto de complexidades. 

Mas, uma nova descoberta científica pode estar prestes a mudar o que sabemos sobre essa condição.

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Foto: Assessoria

COMPREENDENDO O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)

O autismo é uma condição neurodesenvolvimental que afeta a maneira como uma pessoa percebe e interage com o mundo. 

Os sintomas podem variar amplamente, mas geralmente incluem dificuldades de comunicação e interação social, comportamentos repetitivos e interesses restritos.

 Como o nome sugere, o TEA abrange uma ampla gama de manifestações, o que torna o diagnóstico e a compreensão do transtorno ainda mais desafiadores.

Historicamente, as causas do autismo foram atribuídas a uma combinação de fatores genéticos e ambientais. 

Estudos têm mostrado que a genética desempenha um papel significativo, com muitos casos de autismo ocorrendo em famílias. No entanto, identificar os genes específicos envolvidos tem sido uma tarefa complexa, dada a variabilidade dos sintomas e a diversidade dos fatores contributivos.

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Foto: Reprodução/Freepik

A NOVA DESCOBERTA CIENTÍFICA

Após anos de intensas pesquisas, um estudo recente publicado na Nature sugere que mutações específicas em genes ligados ao desenvolvimento neurológico podem estar diretamente associadas ao autismo. 

Esses genes desempenham papéis essenciais na formação e no funcionamento das sinapses, as conexões entre os neurônios no cérebro. Alterações nesses processos sinápticos podem resultar em dificuldades de comunicação e comportamentos repetitivos, características comuns do TEA.

Além dos fatores genéticos, os pesquisadores identificaram que a exposição a toxinas durante a gravidez e complicações no parto podem atuar como desencadeadores importantes. Esses fatores ambientais parecem interagir com a predisposição genética, aumentando o risco de desenvolvimento do autismo.

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Fatores genéticos e ambientais: como eles influenciam o autismo?

A predisposição genética é um fator crucial no desenvolvimento do autismo. Estudos têm mostrado que parentes de primeiro grau de indivíduos com TEA têm uma probabilidade significativamente maior de desenvolver o transtorno. 

Um estudo recente confirmou que irmãos de crianças autistas têm uma chance 20% maior de também serem diagnosticados com TEA, o que destaca a forte ligação hereditária.

No entanto, fatores ambientais também desempenham um papel significativo. Pesquisas apontam que a exposição a certos produtos químicos, infecções maternas durante a gravidez e o estresse materno podem aumentar o risco de autismo. 

Além disso, a idade avançada dos pais, especialmente dos homens, foi identificada como um fator de risco, com crianças nascidas de pais com mais de 40 anos apresentando maior probabilidade de desenvolver TEA.

Outro aspecto importante é a saúde mental materna durante a gravidez. Estudos indicam que o estresse crônico, a ansiedade e a depressão podem elevar o risco de o bebê desenvolver autismo. 

A nutrição adequada também é vital; a ingestão de ácido fólico nos primeiros meses de gestação pode reduzir significativamente o risco de TEA, assim como o consumo de alimentos livres de pesticidas.

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Foto: Freepik

Quais são as implicações dessa descoberta?

Compreender as causas do autismo pode revolucionar o diagnóstico precoce e o desenvolvimento de tratamentos eficazes. 

A identificação de genes específicos ligados ao TEA pode permitir a criação de exames genéticos para detectar o risco ainda durante a gestação. 

Além disso, a compreensão dos fatores ambientais que contribuem para o autismo pode levar à adoção de medidas preventivas, como políticas de saúde materna focadas na redução da exposição a toxinas.

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Foto: Freepik

O que podemos esperar no futuro da pesquisa sobre autismo?

No futuro, podemos esperar avanços significativos nas seguintes áreas:

Expansão dos estudos genéticos para identificar outras mutações associadas ao TEA.

Desenvolvimento de terapias personalizadas, baseadas nos perfis genéticos individuais dos pacientes.

Implementação de programas de saúde pública focados na prevenção e suporte a famílias com histórico de autismo.

Investimento em tecnologias de diagnóstico precoce e intervenções terapêuticas eficazes.

Além disso, recentes estudos sobre o papel de metabólitos específicos, como diidroxiácidos graxos no sangue do cordão umbilical, mostraram uma ligação significativa com os sintomas de autismo. 

Esses achados ressaltam a importância de explorar os aspectos metabólicos no desenvolvimento do TEA.

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