Saúde

ES realizou mais de 40 mil procedimentos eletivos em 2021

Em 2020 no Brasil, de acordo com o CFM, foram realizados 27 milhões de procedimentos eletivos a menos do que em 2019. O Espírito Santo é o Estado do sudeste com a situação mais grave, com redução de 36%

Bianca Santana Vailant

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução/Pexels

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, desde a retomada gradual dos procedimentos eletivos - que aconteceu em maio de 2021 - foram realizados mais de 8 mil procedimentos cirúrgicos hospitalares eletivos. Além disso, de janeiro a junho deste ano foram mais de 37 mil procedimentos cirúrgicos ambulatoriais eletivos.

Em 2020 no Brasil, de acordo com o Conselho Federal de Medicina, foram realizados 27 milhões de procedimentos eletivos a menos do que em 2019. O Espírito Santo é o Estado do sudeste com a situação mais grave, com redução de 36%

As cirurgias eletivas foram suspensas no Estado em 2 ocasiões. A primeira foi em 2020. Os procedimentos ficaram suspensos durante 6 meses, a partir de abril. A segunda suspensão aconteceu entre março e maio deste ano. 

Para amenizar o impacto das suspensões, o Governo do Estado anunciou o “Mutirão de Cirurgias Eletivas”, para a oferta de mais de 50 mil cirurgias de norte a sul do Estado. O mutirão teve início no segundo semestre de 2021 e vai se estender até o fim do ano.

No ano de 2020, a pandemia afetou número de procedimentos eletivos em todo o país

Segundo o estudo, quando comparados os dados entre março e dezembro de 2020 (do início da pandemia até o fim do mesmo ano) com o mesmo período de 2019, a diferença foi de 26,9 milhões de procedimentos, sendo 16,6 milhões de exames de diagnóstico, 8,8 milhões de procedimentos clínicos, 1,2 milhões de pequenas cirurgias e 210 mil transplantes.

Os procedimentos considerados eletivos, que não são de urgência e emergência, tiveram impacto pelo direcionamento de boa parte da estrutura da rede de saúde para atender os pacientes com covid-19.

Entre março e abril de 2020, com o avanço da primeira onda da pandemia, houve uma queda quase à metade do número de procedimentos, de 8,1 milhões para 4,8 milhões. Em abril, foram registrados 5 milhões de procedimentos e em maio, 5,6 milhões. Após recuperação, o ano terminou com 8 milhões.

Conforme o levantamento do CFM, as áreas mais afetadas entre março e dezembro de 2020, em comparação com o mesmo período no ano anterior, foram as consultas e exames em citopatologia (-51%), neurologia (-40%), anatomopatologia (-39%), cardiologia (-38%), oftalmologia (-34%) e medicina clínica (-33%).

No período analisado, deixaram de ser realizados 2,8 milhões de cirurgias. Entre março e dezembro de 2020 foram realizados 4,6 milhões de procedimentos desse tipo, contra 7,5 milhões no mesmo período em 2019.

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