Não há registros de problemas na vacinação de adolescentes no ES, afirma secretário
Ainda segundo o secretário, aproximadamente 11% dos adolescentes capixabas já tiveram contato com a covid-19, sendo quase 30 óbitos nesse público entre 12 e 17 anos
Não há no Espírito Santo nenhum registro de intercorrências na vacinação de adolescentes contra covid-19. A afirmação foi feita pelo secretário de estado de saúde, Nésio Fernandes, durante uma entrevista ao vivo para o telejornal Espírito Santo no Ar, da TV Vitória/Record TV, na manhã desta sexta-feira (17).
"Não temos registros de eventos adversos graves no Espírito Santo. Os eventos já registrados são leves e relacionados a praticamente todas as vacinas, como dor no local, dor no corpo no dia seguinte, em alguns casos febre, mas são eventos esperados e que não representam nenhum tipo de risco à saude", disse.
Ainda segundo o secretário, aproximadamente 11% dos adolescentes capixabas já tiveram contato com a covid-19, sendo quase 30 óbitos nesse público entre 12 e 17 anos. Nésio reforçou, diante desse dado, a importância da imunização.
"Nós entendemos que uma estratégia de imunidade de rebanho, privando esses adolescentes da vacina e submetendo eles ao risco de transmissão, seria uma insanidade com nossas crianças, adolescentes e também com a estratégia de saúde pública de alcançar 90% de cobertura vacinal na população em geral para controlar a circulação do vírus", afirmou.
O secretário aproveitou a ocasião para reforçar que os capixabas precisam entender que, tendo a oportunidade de vacinar, vacinem-se. "Nós insistimos às familias capixabas para que levem seus adolescentes para serem vacinados. As vacinas são seguras, eficazes e nós queremos cuidar do povo capixaba", disse.
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Caso de óbito de adolescente citado por Ministro da Saúde não foi confirmado
Nésio Fernandes disse ainda que o posicionamento do Ministério da Saúde sobre deixar de recomendar a vacinação de adolescentes sem comorbidades não tem embasamento técnica e científica. Disse ainda que a imunização desse público já estava prevista pelo Plano Nacional de Imunizações.
"A previsão de alcançar os adolescentes sem comorbidades com a vacinação com a Pfizer foi anunciada em outras ocasiões pelo proprio Ministro da Saúde. Essa imunização já estava prevista nos documentos técnicos do PNI. Não existe nada novo", disse.
A única novidade, segundo o secretário, é a criação de uma nova polêmica sobre a vacinação.
"O que existe de novo é essa falsa polêmica em estabelecer uma medida intepestiva, sem base técnica, sem base científica de correlacionar um óbito que nem a Anvisa nem o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do Estado de São Paulo conseguiram relacionar nexo com o óbito desse adolescente em São Paulo com a vacinação da Pfizer", disse.
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"Não temos nenhuma dúvida da assertividade de preservar a vacinação dos adolescentes", diz secretário
Sobre a polêmica envolvendo a divulgação da Nota Informativa do Ministério da Saúde, Nésio afirmou que trata-se tabém de uma questão de fazer administrativa mínima.
"O que fazer com as vacinas que o Ministério da Saúde comprou, programou, tem autorização da Anvisa para aplicar, se elas vão vencer em 31 dias em todo o país se não forem aplicadas no público apto a receber?"
E continuou. "Nós fazemos contas. As vacinas da Pfizer vencem depois de 31 dias de descongeladas. Nós temos no Brasil doses suficientes para dar o reforço a todos os idosos com mais de 70 anos, que tomaram a segunda dose há 6 meses", disse.
Ainda de acordo com o secretário, no Estado há estoque disponível para imunizar todo o público de idosos com a dose de reforço e os adolescentes com e sem comorbidades.
"Aqui no Espírito Santo, nós reduzimos para 60 anos e 5 meses de intervalo. Mesmo reduzindo nós ainda temos excedente de doses para vacinar adolescentes com comorbidades. E ainda vacinando esses adolescentes com comorbidades, que já tiveram 80% das vacinas disponibilizadas no EStado, ainda temos vacinas disponíveis para adolescentes sem comorbidades", disse.
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