O mês de setembro é marcado pela conscientização e ações para reforçar os cuidados com o Alzheimer. A doença é degenerativa e provoca a perda progressiva das funções cerebrais. Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de um milhão de pessoas vivem com a doença atualmente no Brasil.
Os números, de acordo com especialistas, podem ser explicados pelo envelhecimento da população. As previsões apontam que a doença pode, até mesmo, trazer uma crise global de saúde com mais de 131 milhões de pessoas com Alzheimer ao redor do mundo.
De acordo com o médico geriatra, Roni Mukamal, trata-se de uma realidade preocupante uma vez que a maioria dos casos devem estar presentes em países como o Brasil, por exemplo.
“A gente vai ter uma onda muito maior de pacientes com a doença de Alzheimer e nós ainda não estamos preparados para lidar com isso. Nem o sistema de saúde, mas a doença envolve muito mais que isso. Ele envolve a sociedade como um todo. é uma doença longa, que precisa de cuidados. Gera um impacto familiar absurdo por que é uma pessoas que precisa ser cuidada por outro”, disse.
O principal fator de risco para a doença está diretamente ligado a idade. Países que estão envelhecendo rápido são aqueles que registrarão mais casos. O Brasil, segundo o geriatra, tem um envelhecimento acelerado. Um outro ponto é a falta de determinados cuidados com a saúde.
“Problemas como a diabetes, hipertensão, obesidade, o colesterol alto são condições que, aliadas ao sedentarismo e o estresse, são fatores de risco para desenvolver a doença”, aponta o médico.
Portanto, cuidar da saúde de maneira geral, faz parte da cartilha de prevenção da doença. Pesquisas apontam que até mesmo o excesso de poluição pode ser vetor para a doença.
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Filha cuida de mãe diagnosticada há 7 anos com a doença
A professora Rosilene Falcão viu a vida mudar há sete anos, quando a mãe, que atualmente tem 76 anos de idade, foi diagnosticada com o Alzheimer. “A minha mãe sempre foi muito extrovertida. A gente fica espantado porque tem momentos que ela fica quietinha. Mas é uma pessoa alegre, conversa com todo mundo. A gente tem que ficar sempre muito vigilante à ela. Pra ela, qualquer pessoa é boa e não é bem assim”, contou.
Após a morte do marido, a mãe de Rosilene passou a morar sozinha, mas a família toda está sempre bem perto. Uma das filhas, inclusive, mora na parte de cima da casa onde a mãe vive.
Esquecimentos constantes e quadros de repetição acenderam o alerta de que havia algo de errado. “Muito repetitiva (mãe) e esquecimentos. Íamos a um velório ou à uma festa e ela não lembrava das pessoas. Colocava a comida no fogo e queimava. Ficamos observando e notamos que havia algo. Levamos ao médico, fizemos vários exames e doença foi diagnosticada”.
Sinais do Alzheimer
Esquecimentos frequentes associados à perda de funcionalidade ou seja, tarefas antes executadas tranquilamente e o idoso já não consegue mais fazer tão bem são sinais de que é o momento de se buscar ajuda médica. Esquecimentos esporádicos não deve ser motivo de preocupação.
A pessoa com a Alzheimer não percebe o que está acontecendo com ela. Por muitas vezes, é necessário usar da criatividade para levar a pessoa com a suspeita da doença até um especialista.
Como prevenir o Alzheimer
Após instalada, a doença, por ser degenerativa, não tem cura. Porém, é possível adotar alguns cuidados para evitá-la. Veja:
– Exercite seu cérebro: busque aprender coisas novas. Cursos de línguas e informática são uma boa opção;
– Durma bem;
– Priorize momentos de lazer e tranquilidade;
– Alimentos também podem ser bons aliados para a saúde do cérebro. Opte por peixes, saladas, grãos, ômega 3;
– Pratique atividade física constantemente.