Beber até três xícaras de café por dia aumenta a expectativa de vida, diz estudo
Segundo o autor da pesquisa, que contou com mais de 449 mil participantes, o café pode ser considerado um estilo de vida saudável, quando consumido moderadamente
Pela manhã, após o almoço ou aquela xícara estratégica, no meio da tarde, para relaxar durante a pausa no trabalho ou nos estudos. Presente, diariamente, na vida de muitas pessoas, afinal, será que o café faz bem ou mal para a saúde?
Um estudo recente, publicado no European Journal of Preventive Cardiology, foi atrás dessa resposta e acabou descobrindo que beber de duas a três xícaras de café diariamente está associado a um aumento da expectativa de vida. O hábito também contribui com o risco menor de desenvolver doenças cardiovasculares, quando comparado com pessoas que ou evitam ou não consomem a bebida.
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Segundo o autor da pesquisa, Peter Kistle, o consumo leve e moderado, o café deve ser considerado um estilo de vida saudável. "Neste grande estudo observacional, o café moído, instantâneo e descafeinado foi associado a reduções equivalentes na incidência de doenças cardiovasculares e morte por doença cardiovascular ou qualquer outra causa", disse.
Sobre a pesquisa
A pesquisa contou com 449.563 participantes, entre 40 e 69 anos de idade, livres de arritmias ou outras doenças do coração. Os cientistas examinaram a ligação entre os tipos de café e arritmias incidentes, problemas cardiovasculares (doença cardíaca coronária, insuficiência cardíaca congestiva e acidente vascular cerebral isquêmico) e até mesmo a morte.
No questionário preenchido pelos voluntários constavam quantas xícaras de café bebiam por dia e qual o tipo que mais consumiam. A maioria dos voluntários declarou optar pelo instantâneo (44,1%), seguido do café moído (18,4%) e o descafeinado (15,2%).
Mais de 100 mil participantes, o equivalente a 22,4% do total, não bebiam café — o grupo serviu como comparação para a incidência de doenças
No final da pesquisa, todos os tipos de café foram relacionados a uma redução na mortalidade, independentemente da causa. A menor taxa foi observada em pessoas que consumiam de duas a três xícaras por dia.
Os dados revelaram também que, em comparação com aqueles que não bebiam café, o produto moído diminui o risco de morte em 27%, o descafeinado em 14% e o instantâneo em 11%.
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Café contém mais de 100 componentes
O autor da pesquisa analisou também que os benefícios da bebida vão além da cafeína, um dos constituintes mais conhecidos do café.
"...a cafeína é o constituinte mais conhecido do café, mas a bebida contém mais de 100 componentes biologicamente ativos. É provável que os compostos não cafeinados tenham sido responsáveis pelas relações positivas observadas entre o consumo de café, doenças cardiovasculares e sobrevivência. Nossas descobertas mostram que beber pequenas quantidades de café de todos os tipos não deve ser desencorajado, mas pode ser apreciado como um comportamento saudável para o coração", destacou Kister.
*Com informações: R7
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