Saúde

Vídeos: mulher com candidíase há 1 ano viraliza; entenda o que é e como tratar

Influenciadora deu depoimento sobre sintomas na web e pediu ajuda. Até médico entrou na onda e fez vídeo com a moça; ela continua com a vaginose causada por fungo

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução/TikTok/Raynaramr

A saga da Raynara viralizou!

A jovem está sofrendo de candidíase de repetição há quase 1 ano. Será que ela irá fazer uma festa e cantar parabéns em novembro, quando finalmente completa doze meses do fungo?

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No mesmo tom de brincadeira, ela mesma contou a história que vem enfrentando contra a doença nas redes sociais e pediu ajuda aos seguidores, que até mesmo começaram a divulgar os vídeos para ajudar na monetização do canal e pagar um tratamento para a influencer.

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De acordo com as gravações compartilhadas pela própria influenciadora, Raynara já foi a três médicos diferentes, mas nenhum resolveu o problema. 

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Ela tomou vários remédios, fez exames e até mesmo banhos especializados... E nada!

Após contar a sua história, os seguidores de Raynara enviaram inúmeras sugestões para curar a candidíase da jovem, que está aproveitando as dicas e tentando melhorar a sua situação.

E ela criou a saga "Curando minha candidíase" com direito a partes 1, 2, 3 e 4. 

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A cada vídeo a influencer mostra os resultados das dicas aos seus seguidores que também sofrem bastante com o fungo.

Raynara detalha tudo o que deu certo e o que não deu para poder ajudar outras pessoas. Olha só: 

VÍDEO

Até mesmo um médico entrou em ação! 

O Norberto Maffei fez um dueto com Raynara no TikTok e deu mais dicas para a moça conseguir a sua tão sonhada cura.

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Mas, afinal, o que podemos fazer diante dos sintomas e da suspeita de uma candidíase?

CANDIDÍASE

A candidíase vaginal é uma infecção ginecológica muito comum entre as mulheres, causada pelo crescimento excessivo do fungo Candida albicans

De acordo com o Saúde em Dia, seus sintomas incluem corrimento esbranquiçado ou amarelo-esverdeado, ardência, intensa coceira, inchaço ou vermelhidão na vulva.

Segundo a médica Mari Neide Ausani, ginecologista membro da Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil (AMCR), esta doença é bastante desconfortável. Para tratá-la eficazmente, é necessário abordar suas causas.

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“Muitas vezes, a candidíase é a ponta do iceberg para mostrar uma série de outros problemas de saúde. É preciso entender o que está acontecendo com o nosso corpo, caso contrário a doença pode voltar na primeira oportunidade”, revela a médica. 

Para compreender como a candidíase ocorre, a Mari explica ao Saúde em Dia a importância do ecossistema vaginal.

“Ela possui lactobacilos e secreções vaginais que protegem a mulher das vulvovaginites. Quando há uma agressão ao nosso ecossistema vaginal, o epitélio que reveste a vagina vai descamar em forma de secreção sebácea”.

Ela enfatiza que essa produção é uma resposta fisiológica do corpo, um sinal de que precisamos restaurar o equilíbrio do ecossistema. Quando não conseguimos fazer isso, abrimos espaço para vulvovaginites, como a candidíase.

Ao Saúde em Dia, a médica destaca que, frequentemente, a candidíase não é um episódio isolado, mas uma condição recorrente difícil de tratar, pois não é abordada em sua causa raiz. Portanto, considerar o contexto é fundamental para determinar o tratamento mais eficaz.

“Precisamos pensar o que, em nosso cotidiano, aumenta a predisposição da paciente em desenvolver a candidíase. Pode ser, por exemplo, uma dieta inflamatória, muito rica em açúcar refinado, uso de anticoncepcional e de espermicidas, uso de DIU e algumas predisposições genéticas”, aponta.

A ginecologista ressalta que diversos fatores podem desencadear o aumento de Candida, como alterações hormonais, estresse, uso de antibióticos, enfraquecimento do sistema imunológico devido a outras doenças, roupas íntimas sintéticas ou apertadas, doenças autoimunes e até maus hábitos de higiene.

Quanto ao tratamento, Mari enfatiza que a paciente deve procurar assistência médica para um exame clínico ou testes específicos.

“O tratamento da candidíase é sempre indicado pelo ginecologista. Ele pode receitar o uso de antifúngicos, na forma de pomadas, óvulos vaginais ou comprimidos, por exemplo”, reforça a médica.

EMOÇÕES

A candidíase, uma infecção fúngica comum entre as mulheres, muitas vezes causa desconforto, especialmente durante o verão.

De acordo com Roberta Struzani, terapeuta especializada em sexualidade e saúde ginecológica, além dos fatores físicos, há uma ligação entre a candidíase e as emoções, e algumas emoções específicas podem contribuir para o desenvolvimento da infecção.

Aqui estão algumas emoções e situações que podem estar associadas à candidíase recorrente:

1. Sentimentos de Dispersão, Frustração e/ou Raiva: Essas emoções podem enfraquecer o sistema imunológico, tornando o corpo mais suscetível a infecções como a candidíase. A raiva reprimida também pode desempenhar um papel no enfraquecimento do sistema imunológico.

2. Insatisfação em Relacionamentos: Relações insatisfatórias, especialmente aquelas que nos forçam a desempenhar papéis indesejados, podem causar estresse emocional, aumentando o risco de candidíase.

3. Exigências Abusivas nas Relações: Relações caracterizadas por demandas excessivas e abusivas podem gerar estresse crônico, afetando negativamente a saúde física e emocional e contribuindo para o desenvolvimento da candidíase.

4. Falta de Adaptabilidade Sexual: Desconforto em relação ao tipo de relação sexual ou dinâmica com o parceiro pode levar a uma desconexão emocional e física, criando um ambiente propício para o crescimento do fungo Candida.

5. Pressão para o Sexo: Sentir-se pressionado a ter relações sexuais quando não se deseja ou não se está disponível pode causar estresse e ansiedade, enfraquecendo o sistema imunológico e tornando a candidíase provável.

Além das influências emocionais, diversos fatores físicos e externos também podem contribuir para a candidíase recorrente:

1. Imunidade Comprometida: Um sistema imunológico enfraquecido torna mais difícil para o corpo combater infecções, incluindo a candidíase. Fortalecer o sistema imunológico através de uma dieta equilibrada e um estilo de vida saudável pode ser benéfico.

2. Relações Sexuais: Embora a candidíase não seja uma IST, ela pode ser transmitida por meio de relações sexuais. O uso de preservativos é recomendado para prevenir a disseminação do fungo.

3. Excesso de Umidade: A Candida prospera em ambientes úmidos e quentes. O uso prolongado de roupas de banho úmidas ou biquínis molhados pode criar condições ideais para o crescimento do fungo.

4. Gravidez: Mudanças hormonais durante a gravidez podem aumentar a probabilidade de candidíase devido a alterações no pH vaginal e aumento da circulação sanguínea local.

5. Estrogênio: Aumentos nos níveis de estrogênio podem criar um ambiente propício para a candidíase, tornando a vagina mais quente e úmida.

6. Consumo de Açúcares e Carboidratos: A Candida se alimenta de glicose, um açúcar. Consumir excessivamente açúcares e carboidratos pode promover o crescimento do fungo, aumentando o risco de candidíase.

7. Cuidados com a Roupa Íntima: A escolha de calcinhas adequadas, lavagem e secagem cuidadosas da roupa íntima podem ajudar a prevenir infecções como a candidíase.

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