Saúde

De impotência sexual a câncer: o que é finasterida, remédio que trata calvície; veja riscos

Mito ou verdade? Médica explica lista de efeitos colaterais que acompanha a substância que é base de vários remédios de tratamento da calvície

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Freepik

Um estudo conduzido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) revelou que mais de 40 milhões de pessoas no Brasil enfrentam a alopecia androgenética.

A condição capilar ainda não tenha uma cura definitiva e tem se tornado uma preocupação crescente para um amplo espectro etário.

Uma pesquisa divulgada pelo The Mirror demonstra que o medo de perder cabelo não está restrito aos mais velhos; na verdade, nove em cada dez jovens compartilham esse receio.

Nos últimos anos, houve um aumento exponencial na busca por informações e tratamentos para a calvície.

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Recentemente, após a cantora Maiara, da dupla Maraisa, revelar que enfrenta a alopecia, o termo se tornou um dos mais procurados no Google Brasil.

Esse aumento na conscientização também se reflete na busca por medicamentos para tratar a alopecia, com destaque para o Minoxidil e a Finasterida, que recentemente ganharam visibilidade na mídia e nas redes sociais.

No último ano, "Finasterida" teve um aumento de 30% nas buscas do Google Trends, enquanto no TiktTok o remédio atraiu mais de 7,2 milhões de visualizações em conteúdos - de médico explicando sobre o uso até usuários compartilhando suas experiências e resultados com o tratamento.

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Diante tanta exposição, dúvidas e possíveis efeitos colaterais, a médica dermatologista Anna Karoline Moura Tomazini, da novofio, rede de clínicas especializada em tratamento e transplante capilar, explicou os 5 principais mitos que rondam o medicamento.

1. Causa impotência sexual: a disfunção erétil e perda de libido é um efeito colateral incomum com o uso da Finasterida para alopecia androgenética, relatada em apenas 2% dos pacientes em estudos de larga escala.

"O fator pode ser mais psicológico. O homem escuta sobre o mito e entende que isso pode acontecer", explica a médica dermatologista.

2. Aumenta o risco de câncer de próstata: não há evidências científicas sólidas que indiquem que a finasterida aumenta o risco de câncer de próstata. Na verdade, em doses mais baixas, a finasterida é usada para tratar a HPB e reduzir o tamanho da próstata.

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3. Causa infertilidade: a finasterida pode afetar temporariamente a contagem de espermatozoides, mas não é considerada uma causa significativa de infertilidade. A maioria dos homens vê a contagem de espermatozoides voltar. 

A maioria dos homens que desenvolvem alguma alteração, observa a contagem de espermatozoides voltar ao normal cerca de 3 meses após a interrupção da medicação.

4. A finasterida é apenas para homens idosos: embora a finasterida seja frequentemente prescrita para tratar a hiperplasia prostática benigna (HPB) em homens mais velhos, também é usada para tratar a queda de cabelo masculina padrão em homens mais jovens e também mulheres.

5. Parar o uso da finasterida faz com que o cabelo caia mais: algumas pessoas podem ter receio de interromper o uso da finasterida, acreditando que isso fará com que a queda de cabelo aumente rapidamente.

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Na realidade, se você parar de tomar finasterida, é provável que os efeitos benéficos no crescimento capilar diminuam gradualmente ao longo do tempo, mas não ocorrerá uma queda repentina ou drástica do cabelo.

AUMENTO PENIANO

Foto: pexels

Cerca de 30% dos homens estão insatisfeitos com o tamanho do próprio pênis, segundo estudo publicado no The Journal of Sex Medicine. Muitos deles procuram realizar a cirurgia de aumento peniano, também conhecido como faloplastia.

De acordo com o médico PhD em Urologia Paulo Egydio, a operação é clinicamente mais recomendada para homens com problemas durante o ato sexual, como o pênis escapando facilmente ou falta de capacidade penetrativa.

Para o cirurgião plástico Cláudio Eduardo, o simples sentimento de desconforto com o próprio pênis já é motivo para a indicação da cirurgia, “podendo ser nos casos de micropênis como para pênis considerados de tamanho normal”.

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Segundo o médico, a operação não altera a potência sexual, função, sensibilidade ou o tempo ejaculatório. A idade mínima para se submeter a cirurgia é de 18 anos. Porém, portadores de hérnia inguinal (considerada uma anomalia anatômica) devem ser operados antes da realização da faloplastia.

Antes de correr atrás de uma cirurgia desse nível, vale o experimento de outros métodos mais simples e menos invasivos. O urologista Judson Brandeis contou ao Metrópoles que aparar os pelos pubianos é uma dessas maneiras.

“Se você estiver acima do peso, perder uns quilinhos também pode fazer seu pênis parecer maior. Afinal, a perda de gordura ajuda a ‘descobrir’ o órgão”, disse o especialista.

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Se mesmo assim você ainda não estiver satisfeito, o cirurgião plástico Cláudio Eduardo Pereira de Souza explica a diferença entre os dois maiores procedimentos para melhorar a aparência do órgão sexual masculino e a autoestima dos homens.

Ao Metrópoles, ele explica as funções da chamada faloplastia, nome da cirurgia plástica do pênis.

“Ela pode aumentar apenas o comprimento, apenas o diâmetro ou os dois. A maioria dos pacientes opta pela cirurgia completa”, reforça.

“Já a bioplastia nada mais é do que o preenchimento do pênis com ácido hialurônico ou PMMA. Este segundo (o polimetilmetacrilato, outra substância preenchedora), um perigoso acrílico que alguns médicos de reputação duvidosa insistem em usar. O material não é compatível com o organismo, pode deformar o órgão sexual e levar à amputação”, ainda alertou Souza.

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Outro método famoso é o “overpants”, que consiste no aumento peniano sem cirurgias.

Criado pelo biomédico Vitor Mello, a harmonização íntima aumenta o pênis, aproximadamente, entre 1 a 2 centímetros de comprimento, e de 3 a 5 centímetros de espessura.

O especialista em estética masculina esclareceu ao Metrópoles que a harmonização peniana envolve duas técnicas: toxina botulínica (o famoso Botox) e preenchimento com ácido hialurônico.

“A primeira visa promover um relaxamento da musculatura, evitando que o pênis se contraia, gerando um ganho, em estado flácido (quando não ereto), em comprimento. O ácido hialurônico visa aumentar o diâmetro do pênis, deixando-o mais grosso. É uma molécula que já temos naturalmente na pele, tem capacidade de retenção de água, por isso seu efeito volumizador é natural”, explicou.

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