Efeito Ozempic: após Bacci, injeção Mounjaro viraliza para emagrecer. Mas pode e funciona? Saiba tudo
Recém-aprovado no País, novo remédio reduz apetite e viralizou após o jornalista Luiz Bacci dar depoimento como quem usa a medicação; entenda o que é
Após diversos métodos famosos para perder peso, como a utilização do Ozempic, agora a dieta para emagrecer envolve o Mounjaro.
O medicamento, cujo princípio ativo é a tirzepatida, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O remédio da farmacêutica Eli Lilly, no Brasil, é parecido com o Ozempic (semaglutida), com indicação para o tratamento da diabetes tipo 2.
Emagrecer é um efeito secundário do uso.
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O Ozempic e o Mounjaro atuam melhorando os níveis de glicose no sangue dos pacientes e reduzindo o apetite, o que leva à consequente perda de peso.
Mounjaro, inclusive, ganhou repercussão neste último domingo (24) porque o jornalista Luiz Bacci, do Cidade Alerta, da RecordTV, confessou a Leo Dias que usa o medicamento, até então, só comprado nos Estados Unidos. Segundo ele, a substância custaria algo em torno de 2 mil dólares cada caneta.
De acordo com o Metrópoles, é importante observar que, no caso de pacientes que não possuam diagnóstico de diabetes, o uso desses medicamentos é considerado off-label, ou seja, fora das indicações da bula.
Muitos médicos não se opõem ao uso off-label, desde que a medicação seja administrada com acompanhamento médico adequado e não usada de maneira puramente estética, visando apenas resultados imediatos.
DIFERENÇAS
Afinal, se os dois remédios são tão semelhantes, qual é o detalhe que faz um ser melhor que o outro?
O Mounjaro é administrado por meio de uma injeção semanal. Ele é destinado ao controle dos níveis de glicose no sangue em pacientes adultos.
De acordo com o Metrópoles, em conjunto com atividades físicas regulares, o uso do medicamento é associado a uma perda de peso de até 20% em pessoas com obesidade.
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Por outro lado, o Ozempic é também um medicamento para o controle da diabetes tipo 2, mas age de forma distinta com base na semaglutida. Em ensaios clínicos, o Ozempic resultou em uma média de redução de 15% no peso corporal.
A principal diferença entre esses medicamentos está no princípio ativo. O Ozempic simula os efeitos do GLP1, um hormônio que reduz o apetite e estimula a produção de insulina pelo pâncreas, contribuindo para o controle do açúcar no corpo.
Já o Mounjaro não apenas imita o GLP1, mas também o GIP, outro hormônio com efeitos semelhantes. Assim, o remédio permite que o GIP e o GLP1 atuem em conjunto, resultando em efeitos mais intensos.
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Ao Metrópoles, a endocrinologista Elaine Dias afirmou que “o Mounjaro é mais eficaz tanto no controle glicêmico quanto no emagrecimento”.
“No entanto, não há milagre. Ambos os remédios são aliados de tratamentos médicos que envolvem uma série de consultas e de exames para garantir a segurança e o bom uso”, completa a médica.
É importante observar que ambos os medicamentos são recomendados exclusivamente para o tratamento da diabetes tipo 2 e podem causar efeitos colaterais como náuseas, diarreia e constipação.
COMERCIALIZAÇÃO
De acordo com o Metrópoles, apesar da aprovação da Anvisa, o Mounjaro não estará disponível imediatamente no mercado.
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A comercialização depende do processo de precificação pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e das decisões do fabricante.
Outro medicamento semelhante, o Wegovy, uma versão do Ozempic para perda de peso, também foi aprovado pela Anvisa em janeiro e ainda não tem data definida para ser lançado no Brasil.
ORLISTATE EMAGRECE?
O orlistate, também conhecido no passado pelo nome comercial de Xenical (hoje, um dos mais famosos de marca é o Lipiblock), tem ganhado novamente bastante popularidade como parte do tratamento contra a obesidade. Mas esse medicamento, que auxilia na perda de peso, exige cautela em seu uso.
De maneira simples, o orlistate é responsável por bloquear a absorção de gorduras no intestino, contribuindo, assim, para a redução do peso corporal.
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Segundo informações do Terra, costuma-se dizer que ele pode impedir a absorção de cerca de um terço das gorduras presentes na alimentação.
Até o momento, o maior benefício conhecido desse medicamento é seu papel em potencializar os resultados de uma dieta para pessoas com obesidade (índice de massa corporal acima de 30 kg/m²) ou sobrepeso (IMC entre 25 e 29,9).
No entanto, o medicamento, por si só, não é suficiente, devendo ser combinado com mudanças no estilo de vida para alcançar resultados significativos.
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De acordo com o Terra, alguns estudos indicam que, com o uso do orlistate, uma pessoa pode perder em média de 5 a 10 kg ao longo de um ano.
"Esse medicamento causa uma inibição irreversível das lipases (no entanto, após sua suspensão, uma maior quantidade destas lipases são secretadas e sua atividade é, portanto, rapidamente reestabelecida)", explica Paula Pires, endocrinologista e metabologista pela USP. "Assim, evita a absorção de 30% das gorduras ingeridas na dieta, que passam a ser excretadas nas fezes".
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