Jovem vai parar no hospital após espremer espinha e contrair infecção bacteriana grave
Ana Tavares, de 21 anos de idade, espremeu uma espinha no rosto e foi parar no hospital; veja o que aconteceu e o que é doença da "celulite facial"
Novo medo desbloqueado com sucesso!
A consultora de negócios Ana Tavares, de 21 anos de idade, viralizou nas redes sociais com uma situação inusitada.
Ela publicou um vídeo com o título: "É só uma espinha, pode espremer, não vai dar em nada".
No entanto, a jovem espremeu uma espinha no rosto, ganhou de presente uma infecção grave e foi parar no hospital.
Ana ganhou muito apoio nos comentários, que contém outras histórias inacreditáveis sobre a celulite facial.
"Parece bastante com o que minha filha teve, ficou internada por 15 dias, começou assim c espinha tbm e o médico falou que inflamou e virou celulite", disse uma.
"Já estourei uma "espinha" que acertou uma veio do pescoço, por pouco não vou de base", disse outra pessoa.
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"Meu Deus, eu tive A MESMA COISA em julho desse ano... foi terrível, a bactéria da espinha me causou uma celulite facial no olho esquerdo", contou.
"Eu também espremi só que deu um aglomerado de vasinhos ficou igual verruga e cada vez mais ia crescendo. Tirei com cirurgia, não apertem nada no rosto", disse uma internauta.
"Eu tive celulite intraorbital, minha bochecha juntou na testa de tanto inchaço, meu olho teve sequelas depois disso e enxergo mal do lado direito", relatou outro.
"Avô do meu amigo ficou cego por espremer uma espinha no nariz", comentou uma pessoa.
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"Eu achei q tinha um cravinho na boca e espremi, resultado tava quase parindo meu filho e tive que fazer uma cirurgia na boca pra tirar", disse outra.
E aí, vai continuar espremendo sua espinha?
STAPHYLOCOCCUS AUREUS
Dâmilly Beatriz, uma jovem catarinense de 18 anos de idade, veio a óbito em 12 de junho de 2023 devido a uma infecção generalizada causada pela bactéria Staphylococcus aureus.
Em uma publicação no Instagram, a mãe Daniela Veiga, relatou que a entrada da bactéria no corpo foi provocada por uma espinha que sua filha teria espremido no rosto.
Daniela compartilhou que, embora Dâmilly tenha recebido atendimento imediato e tenha sido encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva, infelizmente não resistiu à infecção e faleceu no dia seguinte.
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Segundo informações do Manual MSD, a Staphylococcus aureus é considerada a bactéria estafilocócica mais perigosa.
A médica infectologista Lina Paola, da BP — A Beneficência Portuguesa de São Paulo, explicou ao R7 que essa bactéria é normalmente encontrada na pele, mas pode entrar na corrente sanguínea e no organismo através de feridas, arranhões ou mucosas, como no caso de espinhas ou de pessoas que realizam depilação, como aconteceu com Dâmilly.
"A bactéria habita na nossa pele e tem a capacidade de adentrar e aderir facilmente a tecidos profundos, causando infecções potencialmente graves."
O ambiente hospitalar também pode servir como um meio de transmissão da Staphylococcus aureus.
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Lina enfatiza que, em muitos casos, essa bactéria pode ser contraída em salas de cirurgia ou pode aderir a próteses que serão implantadas em procedimentos cirúrgicos, bem como a catéteres, por exemplo.
Entre as infecções de pele que podem ser causadas pela Staphylococcus aureus, a infectologista elenca erisipela, celulite bacteriana, furúnculos e abscessos.
Segundo o Manual MSD de Diagnóstico e Tratamento, a bactéria pode também adentrar a corrente sanguínea e ser transmitida para outros órgãos, causando outros problemas, como pneumonia, otite, infecções no trato urinário, infecções sanguíneas, osteomielite (infecção nos ossos) e até sepse (infecção generalizada).
"Essa bactéria possui características em sua membrana, como a toxina Panton-Valentine, que libera reações intensas no organismo. Ela [a bactéria] pode entrar na pele por um ferimento, e o paciente evolui com sintomas inflamatórios locais de forma muito rápida; eventualmente, essa bactéria tem a capacidade de viajar e causar uma síndrome inflamatória sistêmica por conta dessa toxina. A Staphylococcus aureus consegue, em poucas horas, levar o paciente a uma reação intensa e abundante."
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As infecções podem ter sintomas variados, desde vermelhidão e pus local até febre, taquicardia e tremores. A evolução das manifestações é rápida, levar de seis a 12 horas. Por serem graves, muitas vezes essas infecções acabam exigindo a internação do paciente para que seja feita a medicação intravenosa.
Lina esclarece que as respostas variam em cada organismo, mas, algumas vezes, a infecção por Staphylococcus pode, sim, ser mortal.
O diagnóstico é feito de modo laboratorial, e a infecção costuma ter um tratamento de duas semanas, podendo se estender, conforme a gravidade.
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