Evite esses 6 hábitos e cuide bem da saúde do seu coração
No Espírito Santo, somente em 2022, o infarto do miocárdio foi a doença que mais levou capixabas ao óbito, com 1.993 mortes registradas
O mês de setembro é marcado por uma série de campanhas relacionadas à saúde do corpo e da mente. Entre elas, sobre a importância dos cuidados com o coração. Isso por que as doenças cardiovasculares se apresentam como a maior causa de mortes no Brasil.
No Espírito Santo, apenas em 2022, o infarto do miocárdio foi a doença que mais levou capixabas ao óbito, com 1.993 mortes registradas. Além disso, quando o assunto é 'doenças cardiovasculares', ocupa o segundo lugar no ranking das internações no Estado.
De acordo com os dados iniciais do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), elas permaneceram como a principal causa em 2023, quando 7.415 pessoas perderam as vidas vítimas por enfermidades do aparelho circulatório.
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Somente no ano passado, segundo o Ministério da Saúde, 400 mil brasileiros perderam a vida por problemas do coração. O número representa 30% do total de mortes registradas no país. Ainda de acordo com o órgão, aproximadamente 14 milhões de pessoas têm alguma doença cardiovascular em curso no país.
Em meio a isso, um fato chama a atenção: 80% das doenças cardiovasculares são desencadeadas por fatores que podem ser controlados por meio de bons hábitos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
“Os dados apontam para a necessidade de conscientizar a população e também de estabelecer políticas públicas mais efetivas sobre o tema. Além da responsabilidade individual sobre a própria saúde, todos nós, enquanto sociedade, precisamos nos organizar para que mais pessoas tenham condições de se cuidar”, analisa o cardiologista André Cogo Dalmaschio, da Cardiodiagnóstico.
6 hábitos que atrapalham a saúde do seu coração
1. Sedentarismo;
2. Pressão arterial e o colesterol descontrolados;
3. Estresse;
4. Tabagismo;
5. Sobrepeso ou obesidade;
6. Dormir mal.
Risco de infarto é maior às segundas-feiras?
Resultados apresentados por uma pesquisa, divulgados na conferência da Sociedade Cardiovascular Britânica, em Manchester, os infartos acontecem com mais regularidade exatamente no primeiro dia útil da semana.
O estudo, baseado na análise de dados de mais de 10,5 mil pacientes internados por infarto entre 2013 e 2018 em hospitais, identificou um pico de casos da forma mais grave (Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnivelamento do segmento ST), na segunda-feira. As avaliações foram feitas na Irlanda e Irlanda do Norte.
Mas existiria, então, uma maneira de evitar as doenças cardiovasculares e com isso, o risco de morrer de uma doença do coração? Veja o que diz o cardiologista Rafael Altoé:
“A alimentação tem um papel central nessa discussão. O consumo excessivo de gorduras e frituras favorece o aumento do colesterol e o acúmulo de placas no interior dos vasos, o que eleva o risco cardiovascular. O consumo de alimentos ultraprocessados, por sua vez, também está ligado a uma maior chance de desenvolvimento de síndromes metabólicas como a diabetes, que também favorece o desenvolvimento de condições prejudiciais à saúde".
E tem ainda a hipertensão, o estresse e o sedentarismo, outros importantes fatores de risco já citados.
“Todos esses fatores indicam que a prevenção das doenças cardiovasculares passa pelo controle dos fatores que podem levar a essas doenças. Portanto, não se trata de uma fórmula, mas de um conjunto de hábitos que envolve uma alimentação saudável e balanceada, prática regular de atividades físicas, controle do aspecto emocional e psicológico e acompanhamento cardiológico", pontua o cardiologista Jansem Bonfim.
Entre as doenças cardiovasculares que mais matam, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o infarto do miocárdio ocupa a primeira posição. Em seguida, vêm as doenças cardiocerebrais, como o AVC e a hipertensão.
Diferença entre infarto e angina: o que você precisa saber
Segundo a cardiologista Tatiane emerich, "quando se fala em problemas cardíacos, dois termos comuns que costumam aparecer são 'infarto' e 'angina'. Embora ambos estejam relacionados ao coração, eles têm diferenças importantes que todos deveriam conhecer".
A especialista preparou uma lista que vai ajudar você a identificar os principais sinais. Veja:
Sintomas da angina:
1) Dor ou desconforto no peito, frequentemente descrita como uma sensação de aperto, pressão ou queimação;
2) A dor pode irradiar para os braços, pescoço, mandíbula, ombros ou costas;
3) Duração de poucos minutos, geralmente aliviada com repouso ou medicação (nitratos).
Sintomas do infarto:
1) Dor intensa e prolongada no peito, que pode durar mais de 20 minutos;
2) A dor pode ser semelhante à da angina, mas é geralmente mais forte e não alivia com repouso ou medicação;
3) Pode ser acompanhada de outros sintomas, como suor excessivo, náusea, vômito, falta de ar, ansiedade, sensação de desmaio.
"O infarto é uma emergência médica. Se você ou alguém próximo apresentar esses sintomas, chame uma ambulância imediatamente. A angina é um sinal de alerta. É importante prestar atenção a esses sintomas e buscar orientação médica", conclui.