Queimadas no ES: “nuvem” de fumaça pode causar desidratação nos olhos
Além dos impactos ambientais, a baixa umidade do ar, o fogo e a falta de chuva levam à uma série de problemas sociais e de saúde. Saiba como identificar e tratar
Estamos no meio do mês de setembro, considerado o período final do ciclo de estiagem. Porém, desde o início do ano, o Espírito Santo já registrou 405 focos de queimadas, chegando perto da média anual histórica para o estado.
Diante da gravidade da seca enfrentada pelos municípios capixabas ao longo do ano e ao aumento nos focos de incêndios florestais, o governador decretou no último dia 9 situação de emergência.
Além dos sérios impactos ambientais, a baixa umidade do ar, o fogo e a falta de chuva levam à uma série de problemas sociais e de saúde.
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Coceira, vermelhidão, ardor e sensação de poeira constante. Apenas alguns dos sintomas de uma doença que tem atingido cada vez mais a população: o olho seco.
O problema nada mais é que a falta de lubrificação adequada da superfície dos olhos. Caso não seja tratada adequadamente, essa condição pode evoluir para problemas oculares mais graves.
Segundo especialistas, o ar mais seco tende a desencadear alterações na qualidade ou quantidade de lágrimas, deixando os olhos mais suscetíveis às doenças.
“A lágrima é feita de água, muco e várias proteínas, e junto de algumas glândulas de gordura em volta dos cílios, é responsável pela proteção dos olhos, pois ajuda a mantê-los limpos e livres de agentes bacterianos ou virais, além contribuir para remover as impurezas, garantindo sua proteção”.
Caso não seja tratada adequadamente, a síndrome do olho seco pode gerar uma série de problemas mais sérios. Distúrbios da visão, diminuição da qualidade de vida, já que leva a dor ocular, são apenas alguns. Existe ainda uma associação do problema até com quadros de depressão e ansiedade.
“O problema aumenta o risco de infecções oculares e inflamações, como conjuntivite, e até mesmo cicatrizes na córnea, se não tratado da maneira adequada com o uso de colírios prescritos por um médico”, enfatiza Marília Reis, médica do Hospital de Olhos Vitória.
Diagnóstico e tratamento
Para diferenciar os sintomas da síndrome do olho seco de outras condições, como conjuntivite e alergias, por exemplo, é necessário ser avaliado por um especialista, além de fazer exame.
O tratamento é individualizado e vai depender da gravidade de cada caso. E nada de automedicação. O que pode parecer um simples colírio pode acabar agravando a condição.
Infelizmente a síndrome não tem cura. Por isso, o tratamento pode ser clínico e até mesmo cirúrgico, em casos mais graves.
Dicas para evitar a síndrome do olho seco
- Beber água: cerca de dois litros diariamente;
- Pausa nas telas: a cada 20/30 minutos, parar e exercitar o piscar dos olhos por um minuto;
- Procurar piscar os olhos com mais frequência.
- Diminuir o número de uso total de exposição às telas;
- Usar colírios lubrificantes indicados por oftalmologista;
- Evitar ambientes com ar condicionado.