Saúde

Dia das Crianças: saiba como escolher o brinquedo ideal de acordo com a idade do seu filho

Os pais precisam ficar atentos para garantir a segurança dos filhos em relação aos produtos

Foto: Reprodução

O Dia das Crianças está chegando, e tanto os brinquedos, quanto as brincadeiras, são fundamentais para o desenvolvimento infantil. Eles permitem que a criança aprenda a conviver socialmente, a conhecer o novo, explorando seu lado criativo e conhecendo melhor o mundo ao seu redor.

Mas na hora de comprar um brinquedo, todo o cuidado deve ser levado em consideração. Os pais precisam ficar atentos para garantir a segurança dos filhos em relação aos produtos.

O médico pediatra, Ramon Minarini, destaca que a sociedade Brasileira de Pediatria publicou doze orientações aos pais e responsáveis que desejam presentear crianças com brinquedos, principalmente agora na data especial. Para ele, os adultos devem prestar atenção, tanto para o bom aproveitamento do brinquedo quanto para evitar acidentes com produtos aparentemente inofensivos. O alerta é importante, pois, apesar do Inmetro realizar testes de segurança, muitas crianças ainda são atendidas nos serviços de emergência com lesões relacionadas ao uso dos brinquedos (cortes, escoriações e sufocamentos). 

Foto: Reprodução

Uma das recomendações, é que se faça o teste em casa, para saber se o brinquedo é muito pequeno para não oferecer riscos de engasgos. É importante que os brinquedos não contenham partes destacáveis que possam ser colocadas na boca, e os materiais utilizados na fabricação devem ser resistentes, não tóxicos e não inflamáveis.

Outro ponto importante é observar se o produto adquirido não possui pontas afiadas, pistolas com projéteis, dardos ou flechas. Brinquedos com correntes e cordas com mais de 15 centímetro oferecem risco de estrangulamento, por este motivo devem ser evitados.

Crianças de até cinco anos de idade, não devem receber brinquedos com partes em vidro, pois podem eventualmente quebrar e ocasionar lesões. Outros brinquedos que colocam em risco a vida dos pequenos são os elétricos (ligados em tomadas ou com pilhas e baterias). Para os menores de oito anos, há grande risco de queimaduras e outros acidentes.

Não poderíamos deixar de falar dos queridinhos radicais como bicicletas, patins, patinetes e skates. Estes, devem ser acompanhados com regras de segurança como equipamentos de proteção, capacetes, joelheiras, cotoveleiras, luvas e buzinas. 

O que fazer quando as crianças preferem a tecnologia?

Com tanta insegurança, muitos pais optam por deixar seus filhos dentro de casa.  Com isso, a tecnologia acabou se tornando uma grande aliada de entretenimento e as crianças acabaram se identificando e consumindo mais os produtos eletrônicos como vídeo-games e até mesmo redes sociais, deixando de lado a prática de brincadeiras e atividades que desenvolvem mais a parte física.

Foto: Divulgação

Para o psicólogo Lucas Bastos Rolim, os pais precisam impor limites às crianças em relação ao uso da tecnologia. Ele destaca ainda que o uso tardio da tecnologia pode prevenir até mesmo doenças. 

"Quanto mais tarde a criança se envolver com a tecnologia, é melhor, e isso já foi comprovado por neurocientistas, pois previne doenças como epilepsia, por exemplo. Porém, sabemos que isso não acontece muitas vezes. Os pais acabam levando uma vida estressada, e com a inserção da mulher no mercado de trabalho, ela entra em uma dinâmica psicológica de muito trabalho e acaba tendo o  estresse de não poder dar atenção para os filhos, e o homem da mesma forma. Como meios de aliviar isso, eles acabam usando os smartphones como uma forma de "sossegar" as crianças."

Ainda de acordo com o especialista, os pais devem estar atentos aos tipos de tecnologias que seus filhos estão tendo acesso, pois qualquer atividade pode ter influência positiva ou negativa na vida das crianças. Os conteúdos utilizados pelos pequenos devem ser acompanhados de perto, pois a internet é um mundo aberto e conteúdos impróprios são de fácil acesso.

Foto: Reprodução

Ele sugere que os pais invistam em jogos fora do mundo virtual, como dominó, quebra-cabeça, damas e xadrez, pois além de serem saudáveis, esses jogos  estimulam cognitivamente a criança, são benéficos e diminuem o uso das virtualidades. Se for o caso de deixar, que seja feito o uso de jogos, vídeo-games que estimulem cognitivamente. Os pais devem sempre fazer uma pesquisa e conhecer os jogos que os filhos estão brincando.

O psicólogo também aponta os lados negativos e os males que as crianças podem estar expostas. Jogos que fazem adesão à violência foram citados: "o brincar é uma forma de se relacionar com o mundo, via pelo qual a criança vai ter o conhecimento do mundo. Ela tem um temperamento e começa a desenvolver uma certa personalidade através do brincar. Então qualquer atividade pode ter uma influência positiva ou negativa", explica.

Assim, fica o alerta: para este Dia das Crianças, dar brinquedos é importante, mas nada melhor do que investir em atividades com a família, ao ar livre, ensinado os pequenos a não serem dependentes da tecnologia.

Foto: Reprodução








Pontos moeda