Mais de 300 mil capixabas ainda precisam completar o esquema vacinal contra covid-19. A informação foi passada pelo secretário estadual de saúde, Nésio Fernandes, durante uma entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (11).
“312 mil pessoas não retornaram para tomar a segunda dose no Espírito Santo. É o menor número que registramos. Isso é importante, uma conquista a ser celebrada”, disse.
Nésio completou explicando a importância da segunda dose. “A cada segunda dose aplicada, incrementa e reduz as chances das pessoas se infectarem”, concluiu.
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Mais de 80% dos que não voltaram para segunda dose têm menos de 59 anos
De acordo com o secretário de saúde, a maioria dos capixabas que não retornou para completar o esquema vacinal são adultos com menos de 59 anos.
“Entre os que não voltaram, 88% deles são não-idosos. São pessoas com 59 ou menos de idade, e que representam neste momento o maior desafio de mobilização para segunda dose. A D2 garante efeito protetor do indivíduo e da coletividade. 72% dessas pessoas tem menos de 49 anos”, disse.
Ainda durante a coletiva, Nésio reforçou o pedido para que as pessoas se mobilizem e trabalhem o convencimento sobre a importância da vacinação com familiares, amigos e vizinhos.
“Queremos pedir para que mobilizem seus familiares, vizinhos, todas as pessoas conhecidas para que, aquelas que ainda não se vacinaram, a gente consiga convencer. Precisamos vacinar todos os capixabas. Convidamos a todos que se vacinem, e que nos ajudem a convencer os negacionistas, que se recusam a vacinar”, disse.
Medo de efeitos adversos da vacina pode ser causa para atraso na 2ªdose
Ainda na entrevista coletiva, o secretário estadual de saúde, Nésio Fernandes, explicou que não há motivos para temer reações adversas de imunizantes na segunda dose.
“Não existem razões para não retornar para a segunda dose. Algumas vacinas mais reatogênicas, como é o caso da vacina da Astrazeneca, provocam efeitos adversos leves com maior frequência em relação à outras vacinas. Ela de fato se constitui a principal vacina entre aqueles que não retornaram para a segunda dose”, disse Nésio.
Apesar do medo dos capixabas de retornar e receber mais uma dose do imunizante da AstraZeneca, o secretário reforçou a eficiência da vacina e as baixas chances de que os efeitos adversos se repitam.
“É uma das melhores vacinas que temos hoje no mundo contra a covid-19. Aqueles que tiveram algum evento adverso, leve ou moderado na primeira dose, a chance de repetir o mesmo quadro na segunda dose é muito menor”, disse.
E concluiu: “As vacinas são seguras, são eficazes e precisam da segunda dose para poder completar o esquema e garantir o estímulo adequado ao sistema imune da população. Apenas uma dose não é suficiente”.
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“Temos perspectiva de que maioria da população esteja vacinada em novembro”, diz sercetário
Apesar de anunciar que o Espírito Santo apresentou uma redução no ritmo da vacinação, Nésio Fernandes afirmou que há previsão de vacinarmos toda a população capixaba até o mês de novembro.
“Temos a perspectiva de que ampla maioria da população seja vacinada ainda este ano, inclusive no mês de novembro. Caminhamos para vencer a pandemia”.
De acordo com o subsecretário de saúde, Luiz Carlos Reblin, mais de 90% da população adulta do Estado já recebeu pelo menos uma dose da vacina contra covid-19.
“Hoje temos cobertura no Estado de quase 92% da população adulta que recebeu a primeira dose ou a dose única. 63% receberam a dose dois ou a dose única. Os adolescentes quase 65% já tomaram a primeira dose. E a dose de reforço já foi aplicada em pessoas acima de 60 anos em quase 65% da população”, afirmou.
Reblin destacou a importância da vacina e reforçou o impacto positivo que elas tiveram nos números de internações e óbitos registrados no Estado. Disse ainda que, graças às vacinas, não vivemos uma nova onda da doença com a chegada da variante Delta em solo capixaba.
“Detectamos no Espírito Santo a variante Delta – que é a mais contagiosa que surgiu até este momento – no mês de junho. Graças ao número de vacinados que já tínhamos, retomamos as internações, mas isso não interferiu de maneira tão significativa como nas variantes anteriores”, disse.
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