AVC: entenda por que o diagnóstico rápido é fundamental para evitar ou reduzir sequelas
No próximo dia 29 de outubro é celebrado o Dia Mundial de Combate ao AVC. Especialista explica as causas e as formas de prevenção da doença
Sequelas motoras, neurológicas e emocionais estão entre as consequências do Acidente Vascular Cerebral (AVC), uma das doenças que mais matam no Brasil e principal causa de incapacidade das vítimas.
Uma em cada quatro pessoas no mundo são acometidas pela doença. Por isso é tão importante falar tanto sobre a prevenção quanto a identificação ágil dos sintomas, capaz de salvar vidas e de evitar as sequelas. É por esse motivo que no dia 29 de outubro, o mundo inteiro se volta para alertar sobre os perigos do AVC.
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O AVC, que consiste na morte de células neurais, pode ser de origem isquêmica ou hemorrágica. No primeiro caso, ocorre um entupimento de um vaso sanguíneo, o que impede que o sangue chegue a um vaso do cérebro.
As células morrem por falta de irrigação. Já no caso do AVC hemorrágico, uma hemorragia é provocada pelo estouro de um vaso, o que também acaba fazendo com que o sangue não chegue às células neurais.
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De acordo com o neurologista e coordenador médico do Serviço de AVC do Hospital Unimed, Daniel Escobar, a redução do tempo entre o início dos sintomas do AVC e o início do tratamento é crucial para que haja um melhor desfecho clínico.
"Essa falta de oxigenação na célula pode ser revertida quando se faz o tratamento até 24 horas após início dos sintomas. O vaso pode, de forma química ou mecânica, ser desobstruído. Assim fazemos com o que o sangue volte a chegar. Tempo perdido é cérebro perdido", pontua o neurologista.
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Veja os sinais e sintomas do AVC
Se você estivesse diante de uma pessoa com AVC, você saberia reconhecer os sinais da doença? O AVC se inicia rapidamente. Por isso, aprenda como identificá-lo.
Pelo sorriso – boca torta, ao falar ou sorrir um dos lados da boca se mostra torto, assimétrico;
Pelo abraço – perda de força em um dos lados do corpo. A pessoa ao tentar levantar um dos braços para abraçar não consegue;
Por uma música – dificuldade para falar uma frase ou cantar uma música;
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Qualquer um desses sinais é uma urgência, pois pode ser um AVC. Por isso, é preciso encaminhar o paciente rapidamente a um hospital preparado. Como alerta o médico Daniel, mais uma vez, a agilidade da equipe também é fundamental.
"Os hospitais precisam ter um fluxo interno organizado para identificar sinais e sintomas. Uma equipe preparada e multidisciplinar, com enfermeiros, neurologistas, fisioterapeutas, nutricionistas, fonoaudiólogos, que atue de forma integrada para que o desfecho de tratamento seja positivo".
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Fatores de risco e prevenção do AVC
Hipertensão, diabetes, tabagismo, doenças cardíacas, sedentarismo, apneia do sono, dieta rica em gordura e pobre em vegetais, dislipidemia, diabetes e doenças cardiovasculares são os principais fatores de risco para o AVC.
Em muitos casos, ele pode ser prevenido com a manutenção de um estilo de vida saudável. "Controlar a pressão arterial, o diabetes, praticar exercícios, ter hábitos regulares de sono, evitar o aumento de tamanho da circunferência abdominal, não fumar, não usar drogas, manter uma dieta em frutas, legumes e peixes são as formas mais eficientes de prevenção contra o AVC", aponta Daniel Escobar.
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