Pra comer sem culpa! Nutricionista esclarece os mitos sobre o pão
No Dia do Pão, celebrado em 16 de outubro, especialista ensina como desfrutar do alimento no dia a dia sem culpa e a torná-lo parceiro da boa alimentação
Ele é item indispensável na mesa do brasileiro. Seja no café da manhã, no lanche da tarde e até mesmo à noite. Quem não gosta de um pão quentinho, recém saído do forno?
Encontrado em padarias e supermercados, são inúmeras as receitas e por isso, existem várias versões: desde o tradicional pão francês, passando pelo pão de forma, integral, doce, sírio e bisnaguinhas.
O fato é que ao contrário do que muitos podem pensar e até mesmo dizer, o pão é sim um alimento saudável. Tem nutrientes e mineiras importantes para o bom funcionamento do corpo, além de ser fonte de energia.
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A nutricionista Júlia Rocha não acredita que ele deva ser banido da alimentação e diz que o essencial é ficar atento à quantidade ingerida diariamente. Para quem não abre mão do pão francês, por exemplo, ela é dá um dica. "O ideal, é aumentar o valor nutritivo associando o pão à proteínas, como ovos, pastas de frango desfiado com creme de ricota e de atum", explica.
Isso por que o pão feito com farinha branca é um carboidrato simples, o que provoca o aumento rápido dos níveis de glicose no sangue.
"Como não precisa de muito tempo para ser digerido pelo organismo, ele produz sensação de fome mais rápida. Porém, ao associar à uma fonte de proteína, aumenta o valor nutritivo e a saciedade", destaca Júlia.
Para quem não abre mão do pão com manteiga apenas, a nutricionista orienta sempre incluir uma fonte de fibras, além da proteína. No café da manhã, além do pão, é importante ingerir uma porção de frutas, como o mamão com aveia por cima.
Uma boa opção é optar pela versão integral. Para quem não sabe, duas fatias de pão integral têm a mesma quantidade de calorias que um pão francês, porém, por ter mais fibras promove mais saciedade.
Pão todos os dias? Pode!
O equilíbrio é a chave para uma alimentação balanceada, nutritiva, e o melhor, sem terrorismos alimentares. Júlia ressalta que cada pessoa tem necessidades diferentes. O que serve para um pode não ser bom para o outro.
"É preciso tomar cuidado por que a dieta do vizinho não funciona pra gente. O que eu recomendo é sempre buscar um profissional que avalie o paciente e todas as suas individualidades, além, é claro, de não seguir os modismos que surgem na internet", ressalta.
A verdade é que dá pra comer de tudo. Fazer um bom planejamento alimentar. Sem abrir de um dos alimentos mais tradicionais do mundo.
"O pão não é vilão da dieta. Porém, de maneira geral, no meu ponto de vista, pão mais de uma vez ao dia, não é recomendado. Existem outros alimentos que precisam fazer parte da vida das pessoas, também. Comer uma porção diariamente não faz mal nenhum e nem compromete a dieta", destaca.
A especialista lembra ainda que o pão com farinha de trigo só não é recomendado para pessoas celíacas (doença autoimune causada pela intolerância ao glúten) ou à pessoas que apresentam sensibilidade, fora isso, não há problemas.
O fato de ter glúten, para quem não é intolerante, não atrapalha a dieta e nem os resultados desejados na academia.
Qual pão escolher
- Pão integral: dentro dessa versão, atentar para a lista de ingredientes no rótulo. Quanto maior, pior. Deve sempre curta e com palavras fáceis de entender. Dentro de uma mesma marca, tem vários tipos. Leia sempre a lista de ingredientes;
- Pão francês integral;
- Pão francês tradicional.
- Pão doce: ideal é optar sem muitos ingredientes. Mas uma vez por semana, pode também. A recomendação é lembrar de incluir sempre um fonte de fibras ou proteínas para aumentar o valor nutricional.
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