Saúde

Bafo de onça ou cheiro podre? Veja como se livrar de mau hálito e limpar os dentes

Diferente do que muitos pensam, o bafo da manhã pode não ser nada comum, mas sim indicação de alguma condição bucal que precisa de atenção e cuidados; veja o que fazer

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Stockking/Freepik

Que bafão!

Sabe aquele cheiro considerado "normal"?

Então, ele pode ser um indício de algum problema.

Rodnei Dennis Rossoni, cirurgião-dentista, doutor em microbiologia e pesquisador clínico de operações para Kenvue, explica sobre como o mau hálito matinal pode ser um indicativo para doenças como a gengivite, a cárie, o tártaro, entre outras.

Muitos acreditam que o mau hálito matinal é algo comum e inevitável.

No entanto, esse odor desagradável pode ser um sinal de doenças bucais que requerem atenção e cuidados que vão além da simples escovação.

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Chamado de “halitose”, o mau hálito em geral é um problema de saúde com consequências sociais e econômicas, morais e psicoafetivas tão sérias que aflige, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 40% da população mundial.

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Em geral, a falta de higiene bucal associada ao uso inadequado dos métodos mecânicos (escovação e fio dental) acarreta uma higiene incompleta, de acordo com Rodnei Dennis Rossoni.

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“Apesar do uso correto da escova e fio dental serem essenciais, os dentes representam apenas 25% da boca e para higienizar adequadamente os outros 75% necessitamos de um enxaguante bucal para uma limpeza mais completa, além de prevenir algumas condições bucais como o mau hálito”, explica o cirurgião-dentista.

PRINCIPAIS CONDIÇÕES

Foto: Divulgação

CÁRIE

A cárie é formada por algumas espécies de bactérias que também estão presentes na placa bacteriana.

A presença de restos de alimentos oriundos da dieta que não foram removidos adequadamente durante a escovação pode levar ao acúmulo da placa bacteriana sobre os dentes, resultando também em mau hálito. 

Com o tempo, essa placa pode dissolver parte da estrutura dentária e atingir as várias camadas do dente, como a dentina e a polpa.

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Se não tratada precocemente, essas bactérias podem agravar o problema levando até um tratamento de canal.

Por isso, quanto mais precoce detectada a cárie, menos doloroso é o tratamento e prevenção da perda do dente.

GENGIVITE

A gengivite induzida por placa bacteriana é uma inflamação das gengivas causada pelo acúmulo de bactérias que também podem causar mau hálito. 

Essas bactérias produzem toxinas que, por um processo inflamatório, geram vermelhidão e inchaço do tecido, em contraste às gengivas saudáveis, que geralmente apresentam coloração rosa pálido e aspecto de “casca de laranja”.

A extensão e severidade podem variar de acordo com as condições da boca, e os cuidados são extremamente relevantes para evitar a progressão para casos mais graves, como a periodontite.

PERIODONTITE E TÁRTARO

Esses dois cenários são casos mais críticos, os quais somente o acompanhamento com um cirurgião-dentista pode ajudar a reverter essas condições bucais. 

A periodontite é uma infecção bacteriana que afeta não apenas as gengivas, mas também o osso e os tecidos de suporte dos dentes, que se não acompanhada por um profissional, pode levar a perda dentária.

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O tártaro, muito comum nessa condição bucal, é uma forma endurecida da placa bacteriana de coloração amarelada, e não pode ser removido apenas com a escovação ou uso do fio dental.

Para o Dr. Rossoni é fundamental ter um cuidado de perto com a saúde bucal e não normalizar condições que causem desconforto próprio ou alheio. 

“O mau hálito matinal nem sempre é fisiológico, e pode ser um indicativo de outras condições que merecem atenção pessoal e profissional”. 

O profissional ainda explica que, além do uso correto do fio dental, boa escovação, limpeza da língua, e a realização de bochechos com produtos antissépticos, é preciso também manter regularidade na consulta ao dentista, além de beber pelo menos dois litros de água por dia, controlar o estresse e evitar o excesso de comidas gordurosas, cigarros, café e frituras.

REFRIGERANTE DÁ CÂNCER?

Mulher sofre, viu!

Um estudo recente da Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, apontou que as mulheres que consomem pelo menos uma lata de refrigerante com açúcar por dia têm um aumento de 85% no risco de desenvolver um câncer de fígado.

O artigo foi publicado no dia 8 de agosto de 2023 na revista científica Jama Network Open.

Os autores da pesquisa afirmaram que “consumir uma ou mais bebidas açucaradas por dia foi associado a uma incidência significativamente maior de câncer e doenças do fígado, além de morte por condições crônicas”.

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Ao longo de um período de duas décadas, os cientistas examinaram informações de saúde de 98.786 mulheres norte-americanas na pós-menopausa, cujas idades variavam entre 50 e 79 anos.

Essas mulheres eram participantes do programa Women's Health Initiative, conduzido pelo Instituto Nacional de Saúde dos EUA, segundo o Metrópoles.

Cerca de 6,8% das participantes, o equivalente a sete em cada 100, relataram consumir pelo menos uma porção de bebidas açucaradas diariamente.

Além disso, 13,1% das participantes, ou 13 em cada 100, ingeriam uma ou mais bebidas adoçadas artificialmente por dia.

O consumo diário de uma ou mais latinhas de refrigerante com adição de açúcar estava associado a um aumento significativo no risco das mulheres serem diagnosticadas com câncer de fígado, em comparação com aquelas que bebiam menos de uma lata por semana.

As mulheres que ingeriam esse tipo de bebida diariamente tinham uma probabilidade 68% maior de falecer devido a doenças hepáticas em comparação com aquelas que consumiam até três refrigerantes por mês.

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Durante os 20 anos de estudo, 150 participantes perderam a vida devido a essa condição, embora os pesquisadores considerem esse risco geral como sendo bastante baixo.

O estudo é de natureza observacional, o que significa que não é possível estabelecer uma relação de causa e efeito definitiva.

Embora o estudo não tenha identificado o mecanismo exato pelo qual a ingestão de bebidas açucaradas estava ligado à doença hepática, os pesquisadores destacam que o consumo de açúcar está associado à obesidade, ao acúmulo de gordura no fígado e ao aumento dos níveis de glicose no sangue, todos fatores de risco para o problema.

No entanto, os especialistas não encontraram qualquer ligação entre o aumento do risco de câncer de fígado e adoçantes artificiais, como o aspartame.

Este ingrediente foi alvo de polêmica após a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificá-lo no grupo de substâncias “possivelmente cancerígenas”, em 13 de julho.

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