Saúde

Como cuidar e preservar? Veja 5 hábitos comuns que podem prejudicar saúde mental

Psiquiatra aponta cinco comportamentos aparentemente inocentes que podem gerar ou piorar quadros de depressão e ansiedade; entenda estado de saúde e condição

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução/Freepik - @pressfoto

Celebrado em 10 de outubro, o Dia Mundial da Saúde Mental conscientiza as pessoas sobre a importância da saúde mental e dos hábitos de vida na prevenção de transtornos e no papel da rede de apoio que cerca o indivíduo.

Ao Metrópoles, o psiquiatra Flávio Nascimento, do Centro de Pesquisa e Análises Heráclito (CPAH), do Rio de Janeiro, afirma que “problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão, possuem fatores imutáveis, como a genética, mas também são fortemente influenciados pelos nossos hábitos. Muitas vezes fazemos coisas sem ter consciência sobre consequências”.

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Segundo o médico, existem comportamentos que podem funcionar como gatilhos de problemas de saúde mental ou agravar condições já existentes.

Com isso em mente, o especialista sugeriu a mudança de cinco hábitos comuns que podem prejudicar a saúde mental:

1. Excesso de celular

Para o psiquiatra, o grande fluxo de informações, pedidos e exigências que recebemos pelos telefones nos mantém excessivamente alertas e atentos, o que pode desencadear ansiedade patológica.

“Quando o celular se torna um vício é preocupante, especialmente quando há um uso excessivo de redes sociais. Esse comportamento elimina os momentos de descanso e higiene mental”, explica Nascimento ao Metrópoles.

2. Dormir mal

“Noites mal dormidas, insônia e privação crônica de sono são um forte potencializador de ansiedade e depressão”, aponta o psiquiatra.

Nascimento recomenda que as pessoas mantenham uma boa higiene do sono como forma de preservar tanto a saúde física quanto a saúde mental.

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3 – Perfeccionismo

É importante manter um padrão razoável de exigência e buscar realizar as tarefas com excelência para alcançar resultados satisfatórios. No entanto, algumas pessoas exageram na autocobrança.

“Quando a perfeição chega ao nível de obsessão, o indivíduo passa a viver em estresse crônico pelo medo constante de falhar”, afirma o médico.

4 – Consumo de álcool

O consumo excessivo de substâncias que afetam a consciência, como o álcool e as drogas, pode causar sérios danos à saúde mental de indivíduos já vulneráveis.

“O uso de álcool e drogas está diretamente relacionado ao desenvolvimento e à progressão de vários transtornos e doenças mentais, muitas vezes sendo o consumo o principal gatilho”, completa Alexandre.

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5 – Reprimir sentimentos

“A negação ou repressão de sentimentos, como o ato de engolir o choro, cria somatizações que têm consequências futuras. É importante sempre expressar as emoções e, quando necessário, buscar a ajuda de um profissional para saber direcioná-las melhor”, acrescenta o psiquiatra.

ECSTASY CURA DOENÇAS?

Foto: Drobotdean/Freepik

Um grupo de pesquisadores da Universidade de Chicago (UChicago), nos Estados Unidos, propõe que o uso do MDMA pode ser benéfico como um complemento à psicoterapia tradicional no tratamento de doenças psiquiátricas.

O MDMA, também conhecido como ecstasy ou "droga do amor", é uma substância alucinógena que induz estados de euforia e expansão dos sentidos e é frequentemente usada em contextos recreativos, como festas.

De acordo com o Metrópoles, os resultados da pesquisa foram publicados na revista Scientific Reports em 22 de setembro.

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A professora de Psiquiatria e Neurociência Comportamental na UChicago, Harriet de Wit, autora sênior da pesquisa, afirmou: “Quando vemos que uma droga como o MDMA é usada em um ambiente recreativo, pode ser porque as pessoas acreditam que isso as torna mais ligadas. Como investigadores, estamos interessados em saber que componentes psicológicos estão envolvidos”

USO EM AMBIENTE CONTROLADO

O estudo de Harriet foi feito com adultos saudáveis. Durante algumas sessões realizadas em um ambiente controlado, todos os participantes receberam uma dose de 100 mg de MDMA em cápsula ou um placebo.

Segundo o Metrópoles, após a administração da substância, eles foram incentivados a iniciar uma conversa com um estranho sobre tópicos superficiais predefinidos, como programas de TV ou feriados favoritos.

Depois da interação, os participantes foram convidados a avaliar as qualidades da outra pessoa e a conversa em si.

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Foram coletadas amostras de saliva para medir os níveis de ocitocina gerados durante a interação. A ocitocina é conhecida como o "hormônio do amor" por seu papel no estímulo ao bem-estar e na promoção dos laços sociais.

Quando os participantes receberam o MDMA, observou-se que apresentaram níveis mais elevados de ocitocina.

Além disso, eles relataram sentir-se significativamente mais conectados com seus parceiros de conversa e experimentaram sentimentos mais positivos em relação a eles em comparação com quando receberam o placebo.

Os pesquisadores acreditam que o uso controlado do MDMA em configurações terapêuticas pode fortalecer a conexão entre pacientes e terapeutas, tornando os indivíduos mais à vontade para explorar suas emoções.

“Tudo o que vimos com o MDMA em estudos laboratoriais controlados sugere que seus efeitos facilitariam a psicoterapia e melhorariam o processo”, conclui Harriet.

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