Saúde

Manteiga ou margarina: qual é mais saudável? Vídeo revela caloria, gordura e de que é feita: "Faz mal?"

Você já se questionou sobre a origem da margarina e o porquê ela surgiu como a "saudável" alternativa à manteiga? Entenda caso, benefícios e efeitos na saúde

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Freepik/bublikhaus

Você já se questionou sobre a origem da margarina?

Por que ela surgiu como a "saudável" alternativa à manteiga?

Ou então, como óleos líquidos se transformam em uma substância cremosa e espalhável? 

Melhor ainda, já ouviu falar sobre hidrogenação, interesterificação e fracionamento?

Não? Nenhuma dessas alternativas?

O canal Super Nutrinidos, do YouTube, em um vídeo narrado por Arthur Steagall Condé, remontou o ano de 1869 para desvendar a fascinante jornada da margarina.

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De acordo com o vídeo, as ruas de Paris fervilhavam com a Revolução Industrial e naquela época a manteiga com seu sabor rico e textura cremosa era um luxo que poucos tinham acesso.

Foi nesse momento que o imperador Napoleão III lançou um grande desafio: criar uma alternativa a manteiga que fosse nutritiva, saborosa e, acima de tudo, acessível.

"Ele não só pensava nas famílias mais carentes de Paris, mas também nos destemidos marinheiros da Marinha francesa, que enfrentavam os mares muitas vezes sem a nutrição adequada", declararam.

Segundo as informações, nesse cenário de urgência e esperança Hippolyte Mège-Mouriès entrou em cena.

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Ele era um químico talentoso e determinado. Inspirado pelo desafio do Imperador e movido por sua própria paixão pela ciência, Mège-Mouriès mergulhou no laboratório.

"Noites sem dormir e experimentos incansáveis deram vida a sua criação: a oleomargarina, uma mistura engenhosa de sebo de boi e leite. Essa substância era notavelmente similar à manteiga, tanto em sabor quanto em textura", disse.

Assim, de acordo com o Super Nutridos, sob a bênção do Imperador Napoleão III nasceu a margarina, um produto que em pouco tempo se tornaria um ícone nas mesas das famílias ao redor do mundo.

Originalmente batizada de oleomargarina, o seu nome foi simplificado para margarina, tornando-o mais comercial. 

"A palavra tem origem no termo grego margaron, que significa Pérola. Uma referência talvez ao seu brilho reluzente ou ao seu imenso potencial de mercado".

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Graças aos avanços agrícolas e ao incentivo a culturas de grande de escala, os óleos vegetais (especialmente os de soja, milho e girassol) surgiram como uma solução para a instabilidade da margarina.

Ao longo dos anos surgiu a engenhosidade humana através do processo de hidrogenação. Esse método foi o grande diferencial para transformar o óleo líquido em uma pasta cremosa ideal para ser espalhada no pão.

Em 1922, o processo foi aperfeiçoado e a hidrogenação de óleos líquidos permitiu produzir gorduras mais sólidas. De acordo com as informações, o melhoramento desse processo foi a chave que tornou a produção industrial de margarina feita de óleos vegetais uma realidade.

Rapidamente a margarina à base de óleos vegetais se popularizou. Afinal, em um mundo que buscava alternativas econômicas à manteiga, essa inovação parecia ser a resposta perfeita.

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Porém, conforme as pesquisas avançaram, os cientistas identificaram potenciais riscos à saúde associados a essas gorduras.

"Identificou-se que o processo de hidrogenação, não só solidificava os olhos, mas também gerava um tipo inesperado e nocivo de gordura: a gordura trans".

Depois de muito estudo foi encontrada uma alternativa: a manteiga.

A manteiga é produzida por meio de um processo simples. Ao bater o creme de leite fresco, a gordura se separa formando a manteiga. Durante séculos, esse processo praticamente inalterado, nos deu um alimento rico não só em sabor, mas também em valor nutricional.

Segundo o Super Nutridos, a manteiga é uma fonte natural de vitaminas lopos solúveis, como as vitaminas A, D, E e K.

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Além disso, contém ácidos graxos de cadeia curta e média, que podem ter benefícios metabólicos, e outros componentes como o ácido butírico, associado à saúde intestinal.

Por outro lado, a margarina, especialmente as versões mais processadas, não oferece esse espectro de nutrientes. 

Como discutido no vídeo, os óleos vegetais em sua composição podem danificar a estrutura celular quando oxidados e carecem de muitos nutrientes essenciais.

VÍDEO

PERIGOS: EXCESSO DE VITAMINA

O recente estudo científico "Antioxidantes estimulam a angiogênese de tumores dependentes de BACH1" lançou uma nova perspectiva sobre o possível efeito do consumo excessivo de antioxidantes, como as vitaminas C e E, na progressão do câncer de pulmão.

A pesquisa revelou que o aumento das doses desses antioxidantes pode levar a uma maior taxa de formação de vasos sanguíneos nos tumores, o que, por sua vez, pode potencializar o crescimento e a disseminação do câncer.

Publicado em agosto no The Journal of Clinical Investigation (JCI), o estudo foi realizado em camundongos e envolveu uma série de experimentos para analisar o papel da proteína BACH1 na angiogênese e no desenvolvimento de tumores pulmonares, especialmente em resposta à administração de antioxidantes.

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Os resultados apontaram um aumento significativo nos níveis de BACH1, o que intensificou a atividade dos genes responsáveis por estimular a formação de novos vasos sanguíneos nos tumores de pulmão.

De acordo com Carlos Gil Ferreira, oncologista torácico e presidente do Instituto Oncoclínicas, o estudo é sólido e traz resultados intrigantes, porém, ainda são preliminares e requerem mais pesquisas.

"A repercussão é preocupante, visto que a angiogênese impulsiona o crescimento do câncer. Mas esses resultados não devem levar as pessoas com câncer de pulmão a evitar antioxidantes em sua dieta regular. O estudo se concentrou em doses elevadas desses antioxidantes, muito além do que a maioria das pessoas consome naturalmente por meio dos alimentos", afirma.

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