Nódulo na tireoide pode virar câncer? Saiba quando é necessário operar
Estimativas apontam que cerca de 60% da população brasileira poderá desenvolver nódulos na glândula. Conheça os sinais e os procedimentos para retirá-los
Pode ser quem em algum momento você já tenha sido diagnosticado com um ou mais nódulos na tireoide. Não se assuste. A incidência é relativamente grande. Há a estimativa de que cerca de 60% da população brasileira venha a desenvolver nódulos na glândula que tem forma de borboleta e fica localizada na parte anterior do pescoço, abraçando a traqueia. A boa notícia é que, desse total, cerca de 95% dos casos não serão de câncer.
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A principal função é produzir os hormônios T3 e T4 - triiodotironina e tiroxina, respectivamente. Mas, para que servem? Os hormônios T3 e T4 atuam em funções importantes do organismo, como:
- Regulação dos ciclos menstruais;
- Movimentos do intestino;
- Regulação do peso;
- Fornecimento de energia para o corpo;
- Controle da temperatura corporal, entre outros.
É importante destacar que, na grande maioria das vezes, os pacientes não apresentam sintomas e só descobrem o nódulo por meio de exames de rotina, quando solicitados por um médico.
No caso de ser identificado, um acompanhamento será necessário para averiguar se cresceu ou não.
Médico especialista em cabeça e pescoço, Marco Homero de Sá pontuou quatro sinais de que há um nódulo na tireoide.
Sinais de nódulo na tireoide
1. Caroço na região frontal do pescoço;
2. Dificuldade de engolir ao comer e de respirar ao deitar;
3. Rouquidão;
4. Tosse persistente, sem sintomas gripais.
“Quando o nódulo, mesmo benigno, começa a tirar a qualidade de vida do paciente, causando certos sintomas, é recomendado fazer a remoção”, afirma Marco.
Podendo ser de origem benigna ou maligna, alguns fatores podem causar nódulos na glândula. Entre eles, o modo como estoca os hormônios e o processo natural de envelhecimento, por exemplo. Já se a natureza for maligna, caracteriza-se, então, o câncer de tireoide.
Como é feita a remoção do nódulo na tireoide?
A medicina contemporânea oferece duas alternativas de procedimentos para a eliminação de nódulos benignos na tireoide, cada uma com suas próprias características e implicações. A tireoidectomia, um método tradicional, e a inovadora ablação por radiofrequência estão no centro das escolhas disponíveis para os pacientes.
“Na ablação, usamos uma agulha para entrar no nódulo e o queimá-lo com ondas de calor. Ao contrário da tireoidectomia, esse procedimento é feito apenas com anestesia local, deixa cicatriz, não há necessidade de reposição hormonal e o paciente recebe alta no mesmo dia”, explica o médico.
Por outro lado, a tireoidectomia envolve a remoção total ou parcial da glândula tireoide, sendo recomendada principalmente em casos de câncer de tireoide, nódulos benignos que causam sintomas de compressão ou em situações de hipertireoidismo.
A decisão sobre qual procedimento adotar é uma questão complexa e deve ser cuidadosamente ponderada em conjunto com o médico, levando em consideração o diagnóstico individual e as necessidades do paciente.
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