Pacientes com câncer contam com espaço mais humanizado para tratamento
A expectativa é que com o novo setor de quimioterapia do Hospital Santa Rita, em Vitória, inaugurado nesta quinta (26), a capacidade de atendimento triplique
A quimioterapia é um dos principais tratamentos usados no combate ao câncer. Os pacientes recebem por meio de uma infusão, medicamentos específicos que têm o objetivo destruir as células que estão se multiplicando desordenadamente ou aquelas que formam um tumor.
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O fato é que o tratamento pode causar vários efeitos colaterais como náusea, vômitos, diarréia e queda de cabelo, por exemplo. O tempo de duração também é longo. A depender do tipo de tumor e da quantidade de medicamentos, pode durar entre 1h30 até 10 horas.
Segundo a presidente da Afecc/Hospital Santa Rita, Marilucia Dalla, ambientes confortáveis e acolhedores ajudam a passar pelo processo de maneira menos dolorosa.
"A prevenção da doença é essencial, mas um acesso humanizado ao tratamento, é fundamental. Já passei pela quimioterapia e entendo como isso é importante. O acolhimento, a humanização responde não só pela qualidade do processo, mas pelo momento vivido. O câncer é uma doença que é de toda a família. Receber a quimioterapia é um processo pesado, mas se você consegue humanizar e dar mais conforto, faz toda a diferença para todos".
Ainda de acordo com Marilucia, como a família vive junto o tratamento, ver seu familiar sendo atendido em um espaço diferenciado, proporciona mais tranquilidade.
Por isso, o setor de quimioterapia do hospital passou por uma ampla reforma, com o objetivo de acolher melhor os pacientes.
O número de consultórios médicos passou de três para cinco. Leitos dobraram, agora são seis. Além disso, mais dois boxes de tratamentos individualizados foram implementados, somando nove no total, e um quarto/suíte com banheiro privativo fazem parte das melhorias.
Oncologista-clínico, Loureno Cezana acredita que a nova ambientação proporcionará mais eficiência e agilidade.
"A assistência, como um todo, passa a funcionar de forma mais eficaz. O paciente já sai do consultório e é direcionado para o que deve ser feito. O atendimento é em conjunto, uma vez que todos os profissionais estarão agrupados em um mesmo setor".
A humanização no atendimento, conta ainda com médicos de várias especialidades oncológicas, psicólogos, assistentes sociais, nutricionista e dentista. O setor, de acordo com o médico, também funcionará nos fins de semana e feriados, caso haja demanda e interesse do paciente.
O espaço não contempla pacientes do SUS, somente planos de saúde e particular onde, atualmente, cerca de 110 atendimentos por mês são realizados. De maneira geral, o hospital atende 150 pacientes em tratamento contra o câncer por dia, em tratamento, somando públicos e privados.
Somente pelo Sistema Único de Saúde, são 4.200 sessões por mês em média.
Sino da superação para celebrar fim do tratamento
Entre as mudanças, um sino instalado em uma parede florida e com a frase "você merece essa conquista", chama a atenção.
Segundo Tatiana Donna D’ Agostim Moreira, gerente assistencial ambulatorial, foi um pleito dos próprios pacientes.
"O paciente, na última sessão, quer comemorar o encerramento do tratamento. É um espaço e um momento em que ele pode extravasar e compartilhar a emoção de concluir esse processo", disse.
O Centro de Infusão, espaço onde os medicamentos são administrados, agora também receberá demandas de outros setores e não só da oncologia. "No local, haverá reposição de ferro, bloqueio para dor e medicações com pacientes das áreas de nefrologia, reumatologia e hematologia", destaca Tatiana.
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