Saúde

VÍDEO | Comer placenta, como Mendigata e Fernanda Lima, não ajuda a saúde; entenda

Mesmo sem comprovação científica, prática ganha inúmeros adeptos no Brasil. No fim de semana, Fernanda Lacerda divulgou vídeo em que come a própria placenta

Ana Carolina Monteiro

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução/Freepik

Não é novidade, mas sempre que alguma mulher adepta a comer a própria placenta depois do parto compartilha o feito, o assunto volta a provocar polêmicas e dividir opiniões.

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No Brasil, famosas como a apresentadora Fernanda Lima e a chef de cozinha e também apresentadora Bela Gil, relataram ser adeptas da placentofagia. Nos Estados Unidos, a prática é bastante comum há alguns anos.

Recentemente foi a vez da modelo e influenciadora Fernanda Lacerda, conhecida como Mendigata, relatar detalhes do parto e divulgar um vídeo (veja abaixo) do momento em que come um pedaço da placenta. Fernanda deu à luz ao seu primeiro filho, Gabriel, no último sábado (28).

Mas por que fazer isso? Será que faz bem para a saúde? A reportagem do Folha Vitória conversou com a médica e obstetra, Juliana Couto, sobre esse assunto.

Primeiro, é fundamental entender o que é a placenta. Segundo a especialista, a placenta é um órgão fetal que se desenvolve apenas durante a gestação e é expelido logo depois do parto. Ele é o responsável por fornecer nutrientes para o embrião além de realizar as trocas gasosas entre a mãe e o bebê.

Porém, Juliana afirma que "não existem pesquisas científicas que validem que comer a placenta promova benefícios para a saúde"

A médica acredita que, na verdade, a prática esteja diretamente ligada às questões que giram em torno da humanização dos partos.

"A Ciência não apresenta nada que comprove benefícios, mas como se fala muito nos últimos anos em humanização do parto, surgiram adeptos que acreditam que a placenta, por ser um órgão muito vascularizado, pode ajudar a tratar casos de anemia e até mesmo influenciar no leite materno."

O fato é que existem medicamentos específicos para tratar casos assim e que "além de serem eficazes, possuem comprovação científica", explica. 

A obstetra disse ainda que existem até mesmo empresas que transformam a placenta em cápsulas. Inclusive se tornaram uma alternativa bastante procurada por mães que não têm coragem de ingerir parte do órgão in natura

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