Os laxantes são medicamentos ou suplementos alimentares que atuam diretamente no intestino, contribuindo para a evacuação em casos de constipação (intestino preso), que, na grande maioria dos casos, é desencadeada pela má alimentação, decorrente da baixa ingestão de fibras e líquidos.
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão da divulgação irregular e publicidade do suplemento de fibras da marca “Xo Xuca”.
O produto é destinado ao combate do intestino preso, mas o uso diário pode impactar a saúde. Vale destacar que a decisão não proíbe a venda ou comercialização. Apenas a propaganda está vetada.
Isso por que, segundo a publicação no Diário Oficial, considera a veiculação de “propagandas enganosas relacionadas à substituição da chuca (gíria para o termo enema, que é uma técnica de limpeza da região anal) e de alegações terapêuticas para doenças graves” em cápsulas à base de psyllium, chia e linhaça.
Inclusive, as dosagens de fibras não são indicadas na embalagem do produto, então quem compra não sabe a quantidade para o consumo diário.
Em nota, a empresa “Xo Xuca Suplementos Naturais” destacou que a resolução divulgada pela Anvisa não compromete a composição e fórmula do produto, assim como a segurança do consumo, a fabricação e o comércio.
“A Xo Xuca ressalta que o órgão apenas apontou equívocos na campanha publicitária do produto e que nenhum cliente fora lesado. A Xo Xuca se coloca à disposição para quaisquer esclarecimentos”, destacou.
Segundo a nutricionista Adriana Berlinck, apesar da indicação ser para consumo diário, é preciso entender que o que pode ser benéfico para uma pessoa, pode não ser para outra. Inclusive, ter efeitos contrários.
“Nutrição é contexto, o que pode ser bom para uma pessoa, pode não ser para outra. A chia, por exemplo, causa empachamento (barriga estufada) em algumas pessoas mais sensíveis”, explica.
Além disso, Adriana explica que a chia, a linhaça e o psyllium não são laxativos, mas sim prébióticos.
“Prébióticos são fibras que servem de alimento para as bactérias benéficas do intestino, favorecendo o seu crescimento e desenvolvimento, promovendo o equilíbrio da flora intestinal. Eles não são laxativos, são prebióticos, inclusive, se não houver ingestão devida de água, podem até piorar a constipação”, alerta.
Além disso, pontua que fora a constipação, podem levar a quadros de diarreia. “Pessoas mais sensíveis, como as que têm a Síndrome do Intestino Irritável, por exemplo, sentem ainda mais desconforto com uso abusivo de prébióticos”.
Isso significa que, em alguns casos, o efeito laxativo pode até mesmo não acontecer. Por esse motivo, é fundamental saber exatamente o que o suplemento traz em sua composição.
Quais os efeitos do laxante no organismo?
De acordo com especialistas, o uso por tempo prolongado ou indeterminado dos fármacos, ou suplementos com ação laxante, pode acarretar sérios problemas de saúde.
Isso por que o intestino acaba tornando-se ‘preguiçoso’ e passa a funcionar somente quando é estimulado.
Em um quadro de irritação das paredes do órgão, por exemplo, a absorção de nutrientes essenciais para o organismo e até mesmo de outros medicamentos pode ser afetada, também.
3 dicas para manter o bom funcionamento do intestino
Segundo informações da Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, para que o intestino funcione de maneira adequada são necessários três elementos. São eles:
1. Ingestão de água;
2. Consumo de fibras;
3. Prática de atividade física.
É importante destacar que a regularidade da função intestinal é conveniente somente quando esses três elementos são considerados.
As fibras desempenham um papel na composição do bolo fecal e, em conjunto com a ingestão adequada de água e a prática de atividade física, são fundamentais para promover a ação muscular intestinal.
Lista de alimentos que evitam a prisão de ventre
– Frutas: mamão, laranja com bagaço, ameixa, manga;
– Legumes: couve-flor, quiabo, brócolis;
– Verduras: rúcula, acelga, agrião e espinafre;
– Cereais integrais: pão integral, arroz integral, aveia, centeio, farelo de trigo.
*Com informações da Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde
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